Dono de rádio no brejo reclama de “toco” que contamina
comunicadores e má qualidade dos blogs da região
Falando em emissora de sua
propriedade, localizada no município de Belém/PB, Tarcísio Marcelo (foto) fez um
balanço do ano 2013 e divulgou metas e projetos para 2014. Entre as avaliações
feitas, ele foi enfático ao dizer que no próximo ano acompanhará melhor a linha
editorial do jornalismo da Rádio Talismã FM, ouvida na frequência 99,3.
Tarcísio Marcelo admitiu que
errou ao deixar profissionais do microfone, em sua emissora, fugirem da linha
editorial proposta na fase inaugural da empresa, e lamentou que alguns
formadores de opinião se deixem contaminar com o famoso “toco” oriundo de
agentes políticos.
“O comunicador não pode criticar
um prefeito só por que não recebe nada dele. Pelo contrário, o jornalista deve
abordar todos os temas administrativos sem olhar, se é ou não, beneficiado pelo
gestor”, alfinetou.
A precária redação gramatical e o
nível de comprometimento de blogs e portais da região também mereceram
observações de Tarcísio. Segundo ele, alguns proprietários de páginas noticiosas
na internet deveriam se profissionalizar mais para não permitirem erros
gritantes de português e evitarem que suas páginas virtuais se tornem apenas
informativos de prefeituras.
O desabafo do Superintendente da
Talismã se deu nesta manhã por ocasião do anúncio da nova metodologia
jornalística da emissora.
No âmbito da
imprensa o “toco” é toda a ajuda financeira que recebe um profissional para
evitar comentar ou difundir uma opinião séria sobre um agente político ou sua
autarquia, comprometendo a linha editorial da empresa em que trabalha, pois faz
propagar apenas aquilo que lhe convém a fim de garantir a manutenção daquela
vantagem monetária. O “toco” também promove a omissão da imprensa, que mesmo
tendo conhecimento de causa, não divulga a verdade, prejudicando a população.
Na linguagem típica da imprensa, “toco” também está associado aos termos
“picaretagem ou prostituição jornalística”.