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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Rádio comunitária de Cerro Largo/RS completa seis anos no ar



Cerro Largo, capital regional da cultura


A  Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, foi fundada no dia 24 de julho de 2002, sendo uma entidade de fins educativos, culturais e artísticos, com o objetivo de propagar os valores de nossa Comunidade Cerrolarguense através da execução dos serviços de radiodifusão comunitária com prévia autorização dos órgãos federais competentes, em especial o Ministério das Comunicações e a ANATEL. 

 Após longo processo de tramitação do pedido junto ao Ministério das Comunicações em Brasília/DF, foi finalmente deliberada à Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Cerro Largo a delegação dos serviços de radiodifusão comunitária em Cerro Largo.   

Completado o processo de habilitação e posteriormente aprovado o projeto técnico da nova emissora comunitária pelo Ministério das Comunicações, no início de 2007 foi deferida a outorga provisória da autorização para irradiação do sinal de radiodifusão comunitária em Cerro Largo.   

Iniciadas as transmissões em caráter experimental em 15 de junho de 2007, entrou no ar a Rádio Comunitária Popular 104,9 FM, inaugurando um novo tempo na radiodifusão comunitária em Cerro Largo.  

Recebida a outorga definitiva da autorização para irradiação do sinal de radiodifusão comunitária em Cerro Largo, através de deliberação do Congresso Nacional da República Federativa do Brasil, em 25 de julho de 2007, oficial e definitivamente, a Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Cerro Largo, entidade mantenedora e detentora dos direitos correspondentes, passou a irradiar o sinal de radiodifusão comunitária em Cerro Largo através da Rádio Comunitária Popular 104,9 FM. 

 Em meados de 2008, por deliberação do Ministério das Comunicações, o serviço de radiodifusão comunitária em Cerro Largo passou a ter novo dial, passando a ser a Rádio Comunitária Popular  98,7 FM.

Do blog da Rádio Comunitária Popular

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Liberdade de expressão é debatida na Câmara



Em audiência pública, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, convocada para debater o tema da liberdade de imprensa, ouviu, ontem (28), representantes empresariais dos meios de comunicação, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

A regulação da mídia no Brasil, através de um novo marco das comunicações, foi a tônica do debate.

Representantes da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), do mesmo lado, manifestaram que, aos olhos empresariais, todas e qualquer tentativa de regulação da mídia no Brasil representa censura e cerceamento da liberdade de expressão.
Segundo eles, a mídia no Brasil deve ser regulada pela “liberdade individual de seleção entre um canal ou veículo”, acusando que a interferência estatal representaria uma intromissão ao direito de escolha do cidadão.

Novo marco regulatório

José Soter, presidente nacional da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) e representante do FNDC, foi enfático ao discordar do empresariado. Segundo ele, o que é apontado como democracia da informação, trata-se da liberdade de expressão interpessoal. “O que queremos discutir é a comunicação social, que é extremamente concentrada”.

Soter questionou os representantes dos proprietários de meios de comunicação acerca do temor que há, por parte deles, com relação a regulação das concessões públicas. “Queremos debater abertamente. Em países desenvolvidos de todo o mundo a mídia é fiscalizada por agências reguladoras. Qual é o medo que há na mídia brasileira que não podes ser aferida pelo Estado?”, indagou o representante dos movimentos sociais.

Por sua vez, José Carlos Torves, representante da Federação dos Jornalistas (Fenaj), sublinhou que o objetivo de constituição de uma nova Lei das Comunicações não é o de regular conteúdo, mas, combater a formação de monopólios e oligopólios, como, aliás, prevê a Constituição de 1988.

A Deputada Luciana Santos, do PCdoB de Pernambuco, também participou da audiência, fazendo coro com a voz dos movimentos sociais. Ela questionou veementemente a postura do empresariado que refuta a regulação e a fiscalização do setor. Citou exemplos de países como os Estados Unidos e Espanha que possuem órgãos estatais reguladores da mídia.

Luciana Santos lembrou que, no governo de Fernando Henrique Cardoso, ele mesmo havia mandado ao Congresso a proposta de criação da Anacom (Agência Nacional das Comunicações). “Se são concessões públicas, é um direito do povo a regulação e fiscalização”, realçou a deputada.

De Brasília
Sônia Corrêa

quarta-feira, 29 de maio de 2013

MÍDIA ALTERNATIVA

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ASSOCIAÇÃO RÁDIO COMUNITÁRIA CAMPESTRE FM É DESTAQUE NA REVISTA AREDE


Criada há quase 15 anos, a Associação Rádio Comunitária Campestre FM opera na cidade de Campestre, no interior do Alagoas, levando informação, cultura e serviços de utilidade pública e fazendo a diferença na vida das pessoas da comunidade.
O projeto, selecionado no programa Oi Novos Brasis, oferece cursos e oficinas de capacitação profissional e se tornou um ponto de encontro para os jovens que moram na cidade.
Confira na íntegra reportagem que saiu na revista ARede:

O CANAL DAS EMOÇÕES
Uma rádio de alto-falantes se transforma em polo cultural e de formação de jovens no interior de Alagoas
Por Rafael Bravo Bucco

A vida dos jovens da cidade de Campestre (AL) ganhou mais emoção há 14 anos, quando uma rádio comunitária obteve licença para funcionar na faixa dos 87,9 MHz. Além de levar entretenimento à comunidade, a emissora se tornou um núcleo de capacitação e produção cultural que atrai principalmente a moçada da região. Fundada pelo radialista e historiador Buarque Júnior, começou na década de 1990, com alto-falantes espalhados pelas ruas e praças.

Hoje, a Associação Rádio Comunitária Campestre FM é mais do que uma estação com 25 watts de potência. Quando os locutores anunciam:  “Campestre FM, o canal das emoções”, eles estão sintetizando muitas atividades que mexem com a vida das pessoas. Ponto de cultura, telecentro, gráfica rápida, produtora de áudio e vídeo, centro de recuperação de computadores – tudo se concentra na sede da associação. Ali, Júnior passa os dias arquitetando projetos para jovens em situação de risco ou matriculados no ensino público. Ele e sua equipe buscam apoios que permitam ações em benefício da comunidade local.

Entre os parceiros que já aderiram à proposta, estão Fundação Banco do Brasil, Oi Futuro, Petrobras, Ministério do Desenvolvimento Agrário (por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), Ministério da Cultura (Cultura Viva), para citar alguns. Nos programas, os adolescentes não ficam só na teoria. Botam a mão na massa! Ou melhor, nos microfones, nas mesas de som, nos computadores, após passar por oficinas nas quais aprendem os segredos de profissões como pauteiro, repórter, cinegrafista, locutor, sonoplasta, roteirista.

Foram mais de dez capacitações de educomunicação realizadas pela associação até hoje: Replicadores (1 e 2), Replicadores na TV (1, 2 e 3), Estação Digital, Cultura (1 e 2), Cremicro, Ondas da Rádio, Cyberela, Produtora Video/Audio, Guardiões do Vale do Jacuípe. Em todas as atividades, os jovens são preparados para lidar com ferramentas de tecnologia e comunicação para produzir conteúdo e refletir sobre suas realidades e sobre as políticas públicas referentes às questões da vida cotidiana.

Contra enchentes

Um bom exemplo é o mais recente programa da Associação: Guardiões do Vale do Jacuípe. Jovens de Campestre e de outras quatro cidades (Colônica Leopoldina e Jacuípe, em Alagoas, Xexéu e Água Preta, em Pernambuco) vão a comunidades afetadas pelas enchentes do rio Jacuípe registrar as condições de vida da população. Ali, fazem entrevistas em áudio e vídeo, produzem matérias para a rádio e publicam videorreportagens nas redes sociais (Facebook, Youtube, Twitter). Júnior espera que esse material possa ser usado no futuro para a criação de mini documentários.

“A formação envolve 50 jovens que aprendem a fotografar, filmar e produzir as reportagens. Eles captam informações com o Ibama, com a defesa civil e outros órgãos especializados. Uma das propostas é informar sobre riscos de enchentes, muito comuns. Também acompanham as questões ambientais, observando se há queimadas ou mortandade de peixes. Uma prévia do material será apresentado em abril, em um seminário sobre o Vale do Jacuípe, que terá representantes de governo”, conta o idealizador da Campestre FM.

O Guardiões do Vale do Jacuípe teve início em setembro de 2012 e deve ser concluído em novembro deste ano. Faz parte do Projeto Novos Brasis, patrocinado pelo Instituto Oi Futuro. “Já pedimos replicação para mais 15 meses”, observa Júnior, que espera, caso obtenha prorrogação do apoio, lançar um livro digital e impresso. Ele sonha com a possibilidade de multiplicar o conhecimento.
Se for extendido, os jovens da primeira fase podem dar continuidade e repassar o que aprenderam a uma nova turma, formada por estudantes de comunidades situadas em bacias hidrográficas de outros rios da região, como Manguaba, Una e Camaragibe. A resposta ao pedido de continuidade de projeto, informa o Instituto, virá até o final de março.

O funcionamento do Guardiões é simples. Representantes da Associação, no caso o próprio Buarque Júnior, e alguns dos jovens que atuam na rádio comunitária, na produtora de áudio e vídeo e na gráfica rápida, foram a escolas públicas convidar alunos do segundo e terceiro anos do ensino médio a participar do programa. Assim que reuniram o número necessário de interessados, profissionais de rádio e TV, meteorologia, psicologia, engenharia ministraram oficinas na sede da Associação. Os jovens das cidades vizinhas foram a Campestre, onde tiveram três dias de oficinas. Até hoje passam por capacitações, caso outros profissionais topem encontrá-los para novas conversas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

DIGITALIZAÇÃO E RÁDIO COMUNITÁRIA



“Os espaços públicos que existem para discutir o futuro do rádio devem ser melhor aproveitados”

No dia 29 de abril aconteceu uma audiência pública a respeito do Rádio Digital e da Radiodifusão Comunitária em Florianópolis – SC. Convocado pelo Movimento Nacional de Rádios Comunitárias (MNRC) o evento contou com a presença de integrantes do Ministério de Comunicações (MiniCom), da Academia e representantes dos dois padrões tecnológicos que concorrem para ser eleito o futuro sistema de rádio digital brasileiro. Além de uma gravação do evento acessível online e da publicação do relatório da audiência, de longe foi difícil captar o debate que aconteceu. No texto não são citados claramente os participantes da audiência e prevalece um tom pessimista sobre a utilidade da digitalização para a radiodifusão comunitária e a democratização da comunicação. O relatório conclui que “da forma como está se processando a digitalização, ela se constitui num meio excludente de participação popular na comunicação, quer pelos altos custos dos equipamentos, quer pelas limitações de irradiação do sinal.”

Mas são realmente incompatíveis a defesa da radiodifusão comunitária analógica e uma crítica do uso monopolista das frequências com a curiosidade de exploração de novas formas digitais de fazer rádio para o bem das comunidades?

Não acha isso Rafael Diniz, que participou na Audiência Pública em SC, promovendo o uso do padrão Digital Radio Mondiale (DRM) para fazer rádio digitalmente no Brasil. Partindo da sua militância como radialista livre e uma carreira de cientista da computação, Rafael assumiu a presidência da plataforma multi-setorial DRM Brasil em 2012 porque acha que essa tecnologia será a base para criar um sistema de radiodifusão digital participativo que possibilitará uma grande diversidade de emissoras e uma comunicação cada vez mais interativa. Pessoalmente ele faz parte da equipe de trabalho do laboratório Telemídia do Departamento de Informática na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde foi desenvolvido e segue sendo aperfeiçoado o middleware GINGA (padrão de interatividade da TV Digital brasileira, um sistema de apresentação multimídia que permite a interatividade na TV e rádio digitais), que poderia ter um papel importante para permitir uma interação dos ouvintes na futura radiodifusão digital. E essa, nos diz Rafael, fica também ao alcance das rádios comunitárias.

Numa entrevista para a AMARC Brasil, Rafael relata suas impressões da Audiência Pública em SC, fala dos novos testes previstos com DRM em rádios públicas e comunitárias, reflete sobre o futuro interativo do rádio e explica quais serão as pautas importantes para explorar ou fazer rádio digital nas emissoras comunitárias.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Câmara de Madre de Deus abre CPI para investigar rádio comunitária que se nega a transmitir sessões




A Rádio Madre FM, de Madre de Deus, na Bahia, será investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que foi aberta na Câmara de vereadores do município. O objetivo é investigar possíveis irregularidades em contratos de publicidade do Poder Executivo com a rádio, que, de acordo com os edis, está inscrita no Ministério das Comunicações como rádio comunitária e, portanto, não pode comercializar horário.

 Para a coluna Raio Laser, do jornal Tribuna da Bahia, eles justificam que a rádio deixou de transmitir as sessões da Câmara, após o Tribunal de Contas do Município (TCM) ter determinado a suspensão da liberação de verbas para a emissora, pois se configurava ato ilegal. O vereador Marden Lessa ressalta que “a criação da CPI é um passo importante não só para preservar os direitos da comunidade de ouvir as sessões, mas também a integridade institucional dos poderes Executivo e Legislativo do município”. Ele ainda afirma ainda que os vereadores tentaram dialogar com a diretoria da rádio, que se negou a esclarecer os fatos.

A notícia está no blog “Falando tudo”, que ainda publicou o seguinte comentário sobre outra rádio comunitária local: “A Rádio Comunitária Abelha Dourada FM também tem contrato com a Prefeitura e Câmara Municipal. Duvido que o dinheiro esteja na conta da rádio!”

Fonte:blogdoudenilson

domingo, 26 de maio de 2013

Já está no Youtube a gravação do “Alô comunidade” deste sábado (25)


Fábio Mozart com Andréia no "Alô comunidade"

Nesta edição nº 101, o programa entrevistou a estudante de agronomia e radialista comunitária Andréia Santos, que começou sua vivência em rádios comunitárias aos 8 anos de idade na Rádio Comunitária Araçá, de Mari, Paraíba. Ela conta como o rádio popular a transformou numa pessoa de reflexão, com pensamento próprio, sabendo posicionar-se diante os estímulos da sociedade.

Ainda nesta edição, o “Alô comunidade” toca a mais nova criação de Escurinho, o músico paraibano que lançou o CD “Princípio básico”.

“Alô comunidade” é o único programa temático sobre rádios comunitárias no Brasil, transmitido por uma rádio pública, no caso a Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 KHZ)

Produção da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, apresentação de Dalmo Oliveira, Fábio Mozart e Beto Palhano, com reportagens de Marcos Veloso e Fabiana Veloso.

Ouça a gravação do programa no Youtube: