A
ignorância sobre a natureza jurídica e estrutura dessas rádios de baixa
potência leva a deturpações de toda ordem nas notícias veiculadas pela mídia. Por exemplo, um site noticiou
há alguns dias a prisão de um “ex-pastor” em São José dos Campos, São Paulo,
acusado de abusar sexualmente de três garotas com idade entre 7 e 9 anos. Ele
foi identificado como “sócio majoritário” da Rádio Comunitária Ágape, em
Ourinhos.
O
pedófilo Luiz Bosco de Lima não poderia ser “sócio majoritário” de uma rádio
comunitária porque, simplesmente, não existe esse cargo na estrutura de uma emissora
desse tipo. “A rádio comunitária é o
veículo da expressão social dos membros de uma comunidade. A rádio comunitária
é gerida por uma associação cultural comunitária sem fins lucrativos, tem baixa
potência e é fiscalizada por um Conselho Comunitário com pelo menos cinco
representantes de entidades da comunidade. A supervisão da emissora se
fará de acordo com o Código de Ética da Radiodifusão Comunitária.”