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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Logomarca da rádio omite a palavra "comunitária".

Jornalista paraibano estuda comercialização de espaços nas rádios comunitárias

O jornalista Manassés Oliveira, de Picuí, Paraíba, apresentou monografia no Curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba com título: “Na prática, a teoria é outra - A comercialização de espaços na Rádio Comunitária Sisal FM de Picuí-PB”. Baseado nos dados obtidos pela gravação de cinco dias de sua programação, o trabalho analisou o conceito de apoio cultural como critério para a justificativa equivocada da mercantilização da emissora comunitária em questão. “Também evidenciamos neste trabalho a transferência de execução do serviço para uma pessoa não autorizada legalmente”, afirma.

Uma projeção estimada do rendimento ilegal da emissora foi feita por meio da quantificação de programas independentes, veiculados por força de contratos comerciais disfarçados de apoio cultural na estação sob estudo, bem como pelo registro de spot’s comerciais veiculados nos intervalos da programação como se fossem apoios culturais. “Como resultado da nossa abordagem, registramos um rendimento ilegal estimado de exatamente R$ 439.200,00 ao longo do tempo de existência da emissora”, afirmou.

A monografia discutiu, além das questões já mencionadas, a importância das emissoras de baixa potência que funcionam com concessões comunitárias em todo o Brasil como instrumentos de difusão de conteúdos elaborados pela e para a comunidade, dentro de um processo horizontal de produção simbólica, administrado coletiva e gratuitamente pelas comunidade.

O trabalho de Manassés Oliveira sobre comercialização de rádios comunitárias é inédito no País.