segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estudante da UEPB analisa rádios comunitárias paraibanas e constata quase inexistência de jornalismo comunitário e conteúdo cultural


O estudante de comunicação José Alberto da Nóbrega Simplício, de Campina Grande/PB, elaborou trabalho de pesquisa em 48 das 104 rádios comunitárias em atividade na Paraíba, constatando que “de modo geral, inexiste o jornalismo comunitário. As informações veiculadas não dão conta do universo informacional das comunidades e estão muito agregadas a fontes oficiais. Já a cultura local se resume, praticamente, a alguns programas que veiculam músicas regionais, repentes e poesias”.

O estudante da Universidade Estadual da Paraíba concluiu pela insuficiência de conteúdos informativos e culturais comprometidos com a realidade local nas rádios comunitárias paraibanas. Para ele, isso se deve ao comprometimento político-partidário, bem como a falta de capacitação dos recursos humanos que atuam nessas emissoras e dos movimentos da sociedade organizada quanto aos reais propósitos da comunicação comunitária.

Contrapondo-se ao papel e a importância que possui esse veículo, as emissoras comunitárias, apesar de serem concedidas a associações e a grupos da sociedade organizada, estão servindo, na maioria dos casos, para beneficiar determinados grupos políticos ou empresariais da localidade. Ou seja, há o interesse particular se sobrepondo ao público. Existe também forte influência exercida pelas rádios comerciais na programação das emissoras comunitárias.