Um dos problemas enfrentados pelos comunicadores comunitários que
trabalham em Radcom é a dificuldade para obter conhecimento das técnicas
relacionadas com a atividade de radiodifusão. Os cursos de comunicação nas
universidades não abrangem em sua grade curricular o tema “radialismo
comunitário” e as informações específicas sobre essa atividade comunicacional,
nova no país, já que o serviço de radcom foi legalizado há apenas 15 anos.
As associações que congregam essas rádios também não se preocupam em
formar os comunicadores, abrindo campo para aventureiros que vendem cursos,
geralmente pela internet, com “dicas para radialistas e locutores e o seu papel
na comunidade”. Por apenas R$ 50 reais, a pessoa pode se inscrever online em um desses cursos, com carga
horária de dez horas e conteúdo programático vago e suspeito.
A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária no Estado da Paraíba
(Abraço/PB) tentou firmar convênio com escola pública federal para formar
profissionais em radiodifusão comunitária com habilitação para o Registro Profissional (DRT), mas
o projeto não avançou por vários motivos.