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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Projeto de rádio comunitária é aprovado pela prefeitura de João Pessoa

A Fundação de Cultura de João Pessoa aprovou o Projeto Feminino Plural, apresentado pela professora e radialista comunitária Mércia Chaves, da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, do bairro do Geisel, na Capital.

O Projeto Feminino Plural pretende trabalhar com um grupo de mulheres das comunidades Ernesto Geisel, Grotão, Citex, Funcionários e Tancredo Neves, em João Pessoa, qualificando-as para criar, produzir e dirigir documentário em vídeo sobre programas radiofônicos com perspectiva de gênero nas rádios comunitárias da grande João Pessoa.

Como objetivo básico, o projeto pretende contribuir para a luta pela democratização dos meios de comunicação, fortalecendo o papel das mulheres nos meios radiofônicos alternativos, valorizando o papel da mulher na transformação para uma sociedade mais igualitária, e criando uma rede de mulheres radialistas, para repercutir divulgações de ações de saúde, direitos da criança e adolescente e outros temas ligados à cidadania, conforme proposta do projeto.

“O projeto, enquanto oferece ferramentas para a produção da comunicação comunitária a partir da realidade das pessoas e das necessidades da comunidade, vai envolver diretamente um grupo de 18 mulheres, que por sua vez atuarão como multiplicadoras para um universo de cerca de 15 mil pessoas”, estima Mércia Chaves.

A professora Mércia Chaves produziu e apresentou durante vários anos o programa “Feminino Plural”, tratando de questões relacionadas, principalmente, com o gênero feminino, sendo considerado referência na radiodifusão comunitária da região. O programa discutia temas como mulher e saúde preventiva, meio ambiente, direitos sociais, educação e comunicação popular, entre outros temas urgentes.

Atualmente, Mércia faz um trabalho de apoio à Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, contribuindo na sensibilização da população para a construção da emissora comunitária, partindo de uma reflexão coletiva. Como a rádio comunitária é um espaço essencialmente amador, onde as pessoas trabalham a partir da experimentação, já que não existe uma capacitação técnica, pretende-se qualificar as mulheres envolvidas, visando jogar um maior número de vozes na interlocução social, daí surgindo novos líderes, novos comunicadores que jamais encontrariam espaços na grande mídia para dialogar com seus pares e movimentar o subterrâneo da produção cultural e da organização social da periferia onde a rádio é sintonizada, produzindo conteúdos de qualidade e dando respostas às necessidades da população.