Joanne Mota, do Portal Vermelho em São Paulo
Vermelho
‘Mobilização,
organização, politização’. Estes são ingredientes fundamentais na luta pela
democratização da comunicação no Brasil, foi o que afirmou ao Vermelho a
deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP), ao externar sua opinião sobre o luta
dos movimentos sociais e dos trabalhadores pela democratização da comunicação,
fim da propriedade cruzada e dos oligopólios de mídia.
O quarto
e último dia do 1o Curso Nacional de Comunicação, realizado pelo Centro de
Estudos de Mídia Barão de Itararé, entre os dias 8 e 12 de maio, em São Paulo,
concentrou suas energias na concepção de estratégias para engrossar a luta pela
democratização da comunicação.
Além da
deputada Luiza Erundina, a última mesa do curso contou com a participação do
jornalista Paulo Henrique Amorim, do radialista e integrante do Fórum Nacional
pela Democratização da comunicação (FNDC) João Brant, e pelo jornalista e presidente
do Barão de Itararé Altamiro Borges.
Arena de
disputa
Durante
entrevista, Erundina destacou que vivemos em constante disputa e precisamos
estar atentos às nossas estratégias. “Temos inimigos na mídia, no governo e no
Congresso. Por isso devemos estar atentos aos passos que damos nesta disputa.
Digo isso porque estamos em uma verdadeira guerrilha pela democratização da
comunicação”.
Segundo
elas, as ações politicas só terão sucesso com o comprometimento da
coletividade. E lembrou que “se o povo tivesse descobrido antes a importância
da comunicação nos já teríamos vencido muitas lutas, como a da reforma
ganharia, política, entre muitas outras”.
Para a
deputada a questão da politica de comunicação social é uma questão estratégica
para o desenvolvimento nacional. E lembrou o quão simbólico foi a realização a
Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Um momento, segundo Erundina,
de amplo e diverso debate colonizado pela sociedade e que deixou claro a
complexidade do que é pensar a mídia no Brasil.
PlipCom
contra o PIG
Em
entrevista, o jornalista Paulo Henrique Amorim voltou a criticar a concentração
o dos meios de comunicação no Brasil e destacou que a hora agora e engrossar o
coro no fortalecimento do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação
Democrática (PlipCom), uma arma essencial contra o PIG (Partido da imprensa
Golpista).
“Batalhamos
pela regulamentação da mídia, pela sua democratização, e pela universalização
das tecnologias digitais. Só assim faremos valer a democracia e brecaremos os
desmandos do que, historicamente, ditaram as regras no Brasil”, disse o
jornalista.
Segundo
ele, o maior prejudicado com a falta de democratização da mídia e o
trabalhador. “No dia em que as organizações sindicais se engajarem nessa luta
ela dará um salto enorme e avançará em suas principais bandeiras. É preciso
potencializar o movimento de cartase e mobilização política, tão fortemente
utilizado na internet, nas ruas e no interior dos movimentos”.
Luta em
construção
Altamiro
Borges externou que esse momento é um momento de construção. E frisou que
“comunicação é uma questão transversal, que molda corações e mentes, forma e
deforma e a sociedade. E a luta dos trabalhadores, por exemplo, só avançará
quando essa luta também avançar. E uma questão fundamental é o fortalecimento
dos meios alternativos. O movimentos social e sindical deve entender a
comunicação como um investimento na luta de ideias”.