O líder dos trabalhadores
rurais sem terra, do assentamento Tiradentes, Luis Trindade (foto),
questionou a atitude da direção da rádio comunitária Araçá FM, de Mari/PB, por
ironizar e chacotear ouvintes que ligam para os programas radiojornalisticos da
emissora. "Quando liga alguém para
defender o governo do prefeito Marcos Martins, eles colocam uma música chamando
o ouvinte de xeleléu, o que é uma afronta à cidadania, um desrespeito ao povo.
Não pode uma emissora comunitária chegar a esse nível, a sociedade mariense
precisa tomar as devidas providências urgentemente. Daqui a uns dias, o que
estarão fazendo com os ouvintes?", questionou Luis Trindade, indignado com
o procedimento e a linha editorial dos jornalísticos da Araçá FM. Já o
comunicador Rildo, participou do programa "Liberdade de Expressão" e
questionou também a atitude da emissora. "Acho que não se pode fazer esse
tipo de procedimento contra ninguém. Se fosse o contrário e alguém ligasse
bajulando o ex-prefeito, o que vocês fariam?", disse Rildo.
A expressão xeleléu significa bajulador, puxa-saco,
lambe-botas e adulador. "Esses são os adjetivos colocados pelos programas
da rádio Araçá FM de Mari, através de expressões do próprio presidente da
emissora e de uma música tocada. Acho que, por mais raiva que eles tenham de
quem liga para defender a administração, esse tipo de agressão não pode
acontecer e de ambas as partes. Quando uma emissora passa a fazer esse tipo de
agressão, é claro que o outro lado também poderá fazê-lo, o que é ruim para
nossa cidade", disse Trindade. Já para Dedé da Prefeitura, o código penal
coíbe esse tipo de procedimento. “O código penal brasileiro é claro em seus
artigos 139 e 140 com relação a esse tipo de agressão. Se alguém se sentir
prejudicado pode recorrer à justiça. A sensatez funciona melhor que a ironia e
a injúria”, disse.
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