A página da Associação Brasileira de Radiodifusão
Comunitária – Abraço Nacional, na internet publicou reportagem do Jornal de
Brasília sobre uma rádio comunitária local, com enfoque discriminatório e
preconceituoso com relação à radiodifusão comunitária, segundo afirmam
radialistas militantes do movimento de rádios livres.
A reportagem enfoca a visão distorcida desse
serviço por parte de um pretenso locutor: “O coordenador de programação da
rádio, Ruan Fabrício, porém, diz que apesar da evolução dos meios de
acompanhamento e fiscalização da Anatel, as rádios que funcionam em frequências
não autorizadas, conhecidas como piratas, ainda são uma pedra no sapato de quem
trabalha dentro da legalidade. “Eles nos atrapalham porque competem conosco em
termos de audiência, divulgação de serviços e ainda geram ruídos na nossa
programação”, reclama.
“Se as interferências já nos
atrapalham, imagine o problema que podem causar no rádio de um avião ou em um
carro de socorro”, alerta o locutor Uriel Martinez.
E, segundo os radialistas, não adianta
denunciar as irregularidades ao governo. “Já entramos em contato com a Anatel
várias vezes, mas eles só investigam uma denúncia se tiverem os dados completos
do suposto infrator. É complicado conseguir isso porque o pessoal das rádios
piratas não é bobo. Eles nunca montam uma estrutura fixa e chamativa, tampouco
funcionam em um endereço aberto ao público. Tudo é feito no fundo do quintal
das casas para burlar a fiscalização”, explica.”
Na matéria, é ressaltado também o caráter “simbólico”
dos apoios culturais recebidos pelas rádios comunitárias. “Fabrício, da Rádio
Comunitária Alternativa, explica que a rádio faz propagandas para empresas da
região, mas ao contrário das rádios comerciais, não cobra por isso. ‘Recebemos
apenas um valor simbólico, doado pelas instituições e que fica a critério delas,
chamado de apoio cultural’, justifica.