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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Emissora da Bahia se diz referência na radiodifusão comunitária do Brasil





A Santa Luz FM opera 24 horas modulando em 104.9 Mhz e é uma emissora referência na radiodifusão comunitária no Brasil. A rádio tem uma associação comunitária que é gerenciada pela própria comunidade através de seus representantes, que são jovens comunicadores, dirigentes de entidades sociais de bairros e de classes e estudantes. As decisões da rádio são tomadas através de reuniões com os membros da diretoria, locutores e entidades que compõem o Conselho Comunitário e que garantem uma atuação apartidária da emissora.

Santa Luz FM, ao longo de dez anos, quando a Polícia Federal deixava, apresentou um conjunto de reportagens que contribuíram para a discussão de políticas públicas dirigidas à população infanto-juvenil na Região Sisaleira e, assim, se tornou referência no assunto. A prática da rádio demonstra, através das escutas que realizei que atua com responsabilidade social enquanto formadora de opinião e contribui para a construção de novos valores, buscando uma mudança de comportamento em seu público no que diz respeito aos direitos e deveres da população; e estimula a participação de adolescentes e jovens em sua programação.

Desde dezembro de 2008, a Santa Luz FM está no ar com outorga – depois de dez anos de luta – e sem interrupções. Agora também disponível na Internet através de seu blogue: santaluzfm.blogspot.com.

O maior problema enfrentado pelas rádios Valente FM e Santa Luz FM foi a burocracia para a liberação da outorga, que levou a estas e ainda leva outras emissoras a funcionarem sem concessão. Sobre essa questão de rádio funcionar sem autorização são diversas as opiniões.
As rádios criadas pelos movimentos comunitários em vários municípios apesar de muitas vezes passarem pelos mesmos problemas das emissoras comerciais no tocante a controle político ou mesmo não desempenharem o papel social do rádio, tiveram e têm o papel de aproximar as pessoas do veículo e ao mesmo tempo oferecer o acesso ao direito humano de se comunicarem via a mídia. É também um espaço onde surgem novos comunicadores, que depois de alguma experiência migram para outras emissoras.

O texto faz parte do Livro-reportagem "Os Radiojornalistas: O pensamento e o perfil dos produtores de notícias da Região Sisaleira" [Paulo Marcos 2009], trabalho de conclusão do Curso de Ráido e TV.