O Sindicato dos Radialistas de Pernambuco denunciou ao Ministério Público da Paraíba o que eles chamam de "fábrica de radialistas na Paraíba" para a concessão de registros profissionais.
De acordo com os pernambucanos, o Sindicato dos Radialistas da Paraíba oferece cursos de 24 horas para a aquisição do registro profissional. "O curso oferecido na Paraíba desrespeita o que determina o Ministério da Educação - carga horária mínima de 800 hora/aula", disse o presidente do Sindicato dos Radialistas de Pernambuco, Inaldo Salustiano.
Ainda segundo a nota, o presidente do Sindicato dos Radialistas da Paraíba, Moisés Marques (foto), teria afirmado que os cursos eram oferecidos pela FUNETEC e as cargas horárias variavam de 240 a 600 hora/aula.
Procurada para falar sobre o assunto, a gerente de ensino da Instituição, Cristina Ferreira Antunes, disse que o curso de radialismo é coordenado por Moisés Marques e que tem como objetivo apenas qualificar, não formar profissionais.
Na nota, os pernambucanos afirmam que os interessados pelo curso pagam mais de mil reais para obter o registro de radialista junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. "O verdadeiro intuito era lucrar com os cursos, ou melhor, com a garantia do registro, dada pela Fundação e pelo Sindicato".
O Sindicato dos Radialistas de Pernambuco pede na ação, que foi ingressada na Justiça desde o dia 19 de julho de 2010, a cassação de todos os registros profissionais de radialistas que fizeram o curso na FUNETEC, caso as denúncias sejam comprovadas.
Eles concluem a nota, informando que o procurador-regional do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas, determinou uma fiscalização no Sindicato dos Radialistas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o que segundo eles, até agora não foi feito.
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