sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

As rádios comunitárias e a universalização da Banda Larga


José Sóter

Abraço Nacional


As Rádios comunitárias brasileiras surgiram da necessidade de garantia de espaços para a inclusão dos excluídos das mídias convencionais do país, todas voltadas para a verticalização e a produção de conteúdos centralizados em centrais regionais e nacionais de produção.

Para conseguir-se isso os movimentos sociais, capitaneados pelo movimento dos profissionais da área de comunicação e os artistas e produtores culturais vitimizados pelo processo, buscou a construção de um conceito de radiodifusão pública não estatal que redundou na criação do conceito de radiodifusão comunitária que prevê em seu tripé conceitual o PLURALISMO, A NÃO LUCRATIVIDADE E A GESTÃO PÚBLICA.


Portanto, as rádios comunitárias são organizações sociais, sem fins lucrativos, abertas à filiação de todos os cidadãos e cidadãs de uma localidade que quer executar o serviço, sem o quê não sai a Concessão.

Atualmente contamos com cerca de 4.600 (quatro mil e seiscentos) emissoras em quase quatro mil municípios e a Abraço Nacional já identificou cerca de 30 mil localidades que também tem o direito de buscar uma concessão para a execução do serviço, a maioria completamente excluídas de qualquer meio de comunicação.

Como a maioria está e estará em pequenas localidades do interior do país e dos estados poderão funcionar como pequenas provedoras de internet para a comunidade em sua área de atuação. Grande parte das localidades tem menos de 10 mil habitantes e a internet não é um serviço público muito presente e a radcom poderá fornecer esse serviço gratuitamente para os órgãos públicos como prefeitura, delegacia de policia, postos de saúde, escolas públicas, bibliotecas, etc e a capacidade que ainda sobrar fornecer a preços baixos para o setor produtivo local e para as residências.

Como a radcom não tem fins lucrativos e conta com uma organização social como mantenedora, ela não correrá o risco de interromper o serviço por interesses pessoais.

O ganho da emissora residirá em ter uma banda larga de qualidade em seus estúdios para o aperfeiçoamento de seus serviços informativos e de divulgação de suas atividades. Por isso defendemos a inclusão de organizações sem fins lucrativos no PNBL, para que sejam criados os provedores comunitários de internet.