quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conferência debaterá rádios comunitárias na gestão de desastres naturais e mudança climática


Começou nesta quarta-feira (4) e termina na sexta-feira (6), na cidade de Porto Príncipe, no Haiti, as discussões da Conferência Caribenha da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc). Esta será a primeira vez que Amarc realizará uma conferência no Caribe.

Com o tema “Comunicação, Vulnerabilidade, Gestão de Desastres e Crise Climática: o papel da rádio comunitária”, o encontro reunirá rádios comunitárias e organizações parceiras para discutir e trocar experiências sobre a comunicação em situações de desastres naturais e de crise climática. A ideia será também debater estratégias para a atuação da sociedade civil e das rádios comunitárias frente à mudança climática.

A Conferência relembrará as experiências vividas pelos povos de várias regiões do mundo que recentemente foram atingidos por desastres naturais, como o terremoto seguido de tsunami ocorrido neste ano no Japão, os terremotos ocorridos no Haiti e no Chile no ano passado, e o tsunami que atingiu a Indonésia e a costa de outros 12 países banhados pelo Oceano Índico, em 2004.

De acordo com informações de Amarc, a conferência irá discutir as ações de rádios comunitárias, organizações não governamentais (ONGs) e governos na prevenção de desastres naturais e na adaptação da mudança climática. Assim, será analisada a atuação desses setores antes, durante e depois das catástrofes.

O evento começará amanhã com a conferência de abertura que nomeia o encontro: “Comunicação, Vulnerabilidade, Gestão de Desastres e Mudança Climática: o papel da rádio comunitária”. Na ocasião, conferencistas de diversos países atingidos por desastres naturais e ameaçados pela mudança climática desacatarão suas experiências e desafios enfrentados.

Os painéis do dia seguinte serão guiados pela questão: “Um tema, diversos desafios: o papel das rádios comunitárias na prevenção, na gestão de riscos e nas catástrofes naturais”. Entre as discussões, abordarão: rádios comunitárias na prevenção de riscos e desastres a partir de uma perspectiva de gênero; aumento da incidência social das rádios comunitárias; rádio comunitária como garantia de direito à comunicação em período de desastres; e comunicação e rádios comunitárias e a mudança climática.

As tardes dos dois dias serão dedicadas a oficinas de formação e intercâmbio de saberes, tais como: escrita radiofônica, língua crioula e rádio comunitária no Caribe, política de gênero para as rádios comunitárias, e experiência da Amarc no terremoto do Haiti.

A Conferência terminará na sexta-feira com plenárias de orientações para as atividades das rádios comunitárias caribenhas. O encerramento ainda será marcado pelo lançamento da Pulsar Caribe e pela “Declaração do Haiti pelas Rádios Comunitárias no Caribe”.

Haiti

A escolha do local para sediar a Conferência Caribenha da Amarc não poderia ser outro. Mais de um ano após o terremoto que atingiu o Haiti e resultou na morte de mais de 200 mil pessoas, o país ainda enfrenta grandes desafios em sua reconstrução.

Cerca de 800 mil pessoas ainda estão em acampamentos improvisados, com condições sanitárias deficientes. A situação do país agravou-se com a epidemia de cólera, em outubro de 2010. Até abril deste ano, a doença já havia tirado a vida de mais de 4.800 pessoas.

Para mais informações sobre a Conferência, consulte: http://www.amarc.org/index.php?p=conference_caribeenne_es
Com informações de Amarc e Telesur.