Dalmo Oliveira, com seu filho Davi, ouve a capitã Denice, da PM da Bahia |
O repórter Dalmo Oliveira está em Salvador, Bahia, com
seus familiares em gozo de férias, mas sem descuidar das atividades
jornalísticas. Ele e sua companheira, Fabiana Veloso, estão realizando uma
série de entrevistas com comunicadores de radcom baianas e outras lideranças,
para o programa “Alô comunidade”, da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares.
Em evento social, Dalmo ouviu Denice, capitã da
Polícia Militar da Bahia que falou, entre outras coisas, sobre a realidade da
capital baiana. Os policiais são violentos? Qual o alvo preferencial da polícia
nas periferias das grandes cidades brasileiras?
Seriam os jovens negros? Como a capitã, que é negra numa cidade
predominantemente afro, vê esse papel da polícia como algoz de negros e pobres,
ou para servir às elites e proteger as camadas médias, construindo muros em
torno das “classes perigosas?” Essas e
outras perguntas estão na entrevista que vai ao ar em fevereiro.
MAIS UM NEGRO NO AR
Na edição passada do “Alô comunidade”, entrevistamos
uma atleta negra que alcançou sucesso no esporte, campeã judoca. No próximo
programa, ouviremos Assis Firmino, liderança negra na cultura e nos movimentos
sociais da cidade de Mari, Paraíba.
A rádio comunitária do Conjunto Ernesto Geisel, em João
Pessoa, homenageia Zumbi dos Palmares, herói da resistência à escravidão. Zumbi
nasceu em uma das aldeias do então Quilombo de Palmares, entre Pernambuco e
Alagoas, provavelmente em 1655, e foi morto na atual Serra dos Dois Irmãos, em
Viçosa (AL), em 20 de novembro de 1695. Zumbi é símbolo da penosa e brava luta
dos negros contra a escravidão. Como uma espécie de rei do Quilombo de
Palmares, incentivou a fuga dos escravos e enfrentou várias expedições de
extermínio até retirar-se para a guerrilha. Traído, foi morto numa emboscada.