quarta-feira, 17 de julho de 2013

Em Luanda, comunicólogo enaltece o papel das rádios comunitárias

“As rádios comunitárias desempenham um papel fundamental para a educação, civilização, mobilização das pessoas e desenvolvimento  das comunidades”, afirmou nesta terça feira, em Luanda, o comunicólogo Correia Samuel.
De acordo com Samuel Correia, que falava em entrevista à Angop,  “as rádios comunitárias revertem-se de grande importância, na medida em que elas ajudam na mobilização, civilização e dinamização das comunidades em que estão inseridas e se reflectem na democratização das mesmas”.
Para o especialista, estes meios abordam os problemas e situações das respectivas regiões nos mais diversos sectores e vertentes, tento em conta que os elementos fazedores de rádio comunitária são ou devem ser residentes locais criando assim uma maior aproximação e empatia com os cidadãos.
Segundo Samuel, as rádios comunitárias que já funcionam,  particularmente em Luanda, como a rádio Cazenga e rádio Viana, têm desenvolvido um trabalho positivo dentro das suas localidades. A grade de programação das emissoras é feita de programas e rubricas onde se abordam e discutem várias situações que afligem a localidade e que, de certa forma, ajudam na resolução de determinadas situações com orientações, formação, educação e civilização.
Por outro lado, disse que as rádios comunitárias precisam evoluir muito mais, no que diz respeito a sua atuação dentro das suas localidades, buscando uma maior aproximação entre as estrutura local, os municipioss,  os serviços e projetos de desenvolvimento nos diversos secores da comunidade.
Correia defende ainda, a criação de um espaço quinzenal ou mensal onde os lideres do executivo local e a sociedade civil possam explicar o acontece, o que aconteceu, como e porquê, o que está a ser feito e orientações objetivas por parte de quem dirige; visto que “estes governam ou dirigem em nome do povo, para o bem do povo”.
“É necessário que haja ou se aprove uma legislação que regulamente e especifique o real funcionamento das rádios comunitárias, onde o raio de emissão das rádios locais não transcendam os seus limites geográficos e que sejam abordados apenas situações de âmbito local”, acrescentou.
No entender do comunicólogo, “as rádios comunitárias deveriam ser autônomas, as próprias comunidades deveriam custear os encargos financeiros da sua própria rádio,naturalmente em parceria com o Estado, como subsidiar, por exemplo, os encargos da emissão perante o Inacom”.
Correia Samuel é licenciado em Comunicação Social pela Universidade Agostinho Neto e exerce o cargo de técnico sênior na Imprensa Nacional.

Com informações da Agência AngolaPress