“As rádios comunitárias desempenham um papel
fundamental para a educação, civilização, mobilização das pessoas e
desenvolvimento das comunidades”, afirmou nesta terça feira, em Luanda, o
comunicólogo Correia Samuel.
De acordo com Samuel
Correia, que falava em entrevista à Angop, “as rádios comunitárias
revertem-se de grande importância, na medida em que elas ajudam na mobilização,
civilização e dinamização das comunidades em que estão inseridas e se reflectem
na democratização das mesmas”.
Para o especialista,
estes meios abordam os problemas e situações das respectivas regiões nos mais
diversos sectores e vertentes, tento em conta que os elementos fazedores de
rádio comunitária são ou devem ser residentes locais criando assim uma maior
aproximação e empatia com os cidadãos.
Segundo Samuel, as
rádios comunitárias que já funcionam, particularmente em Luanda, como a
rádio Cazenga e rádio Viana, têm desenvolvido um trabalho positivo dentro das
suas localidades. A grade de programação das emissoras é feita de programas e
rubricas onde se abordam e discutem várias situações que afligem a localidade e
que, de certa forma, ajudam na resolução de determinadas situações com
orientações, formação, educação e civilização.
Por outro lado, disse
que as rádios comunitárias precisam evoluir muito mais, no que diz respeito a
sua atuação dentro das suas localidades, buscando uma maior aproximação entre
as estrutura local, os municipioss, os serviços e projetos de
desenvolvimento nos diversos secores da comunidade.
Correia defende
ainda, a criação de um espaço quinzenal ou mensal onde os lideres do executivo
local e a sociedade civil possam explicar o acontece, o que aconteceu, como e
porquê, o que está a ser feito e orientações objetivas por parte de quem
dirige; visto que “estes governam ou dirigem em nome do povo, para o bem do
povo”.
“É necessário que
haja ou se aprove uma legislação que regulamente e especifique o real
funcionamento das rádios comunitárias, onde o raio de emissão das rádios locais
não transcendam os seus limites geográficos e que sejam abordados apenas
situações de âmbito local”, acrescentou.
No entender do comunicólogo,
“as rádios comunitárias deveriam ser autônomas, as próprias comunidades
deveriam custear os encargos financeiros da sua própria rádio,naturalmente em
parceria com o Estado, como subsidiar, por exemplo, os encargos da emissão
perante o Inacom”.
Correia Samuel é
licenciado em Comunicação Social pela Universidade Agostinho Neto e exerce o
cargo de técnico sênior na Imprensa Nacional.
Com informações da
Agência AngolaPress