Nesta segunda-feira, 27 de agosto, foi dada a
largada da campanha “Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo
tempo”. De forma irreverente e com muito debate político praças, praias, ruas,
sindicatos e as redes sociais foram tomadas por manifestações por uma nova lei
geral para as comunicações no Brasil. O lançamento da campanha marcou, também,
os 50 anos do Código Brasileiro de Telecomunicação – uma lei ultrapassada pela
tecnologia e pelo avanço dos direitos sociais que perdura pelo lobby dos
empresários do setor e pela omissão do Estado brasileiro em sepultá-la.
A dia de mobilizações começou de manhã, nas redes
sociais, com um tuitaço para denunciar a falta de pluralidade e diversidade nos
meios de comunicação brasileiros. A hashtag #paraexpressaraliberdade
transbordou as fronteiras nacionais e ganhou o mundo.
O cordel da peleja entre o Marco Regulatório e a
Conceição Pública foi outro marco que agitou a internet, mostrando o que a
gente não vê pela TV.
SP: Cortejo e Filosofia
Sepultamento que ocorreu, de forma simbólica, na
cidade de São Paulo. Concentrados na Praça do Patriarca, manifestantes
distribuíram panfletos informativos a população, realizaram um breve ato
político e um cortejo fúnebre que se encerrou em frente ao Teatro Municipal,
com direito a caixão e tudo.
Em seguida, um debate no sindicato dos
jornalistas organizado pela Frentex - Frente Paulista pelo Direito à
Comunicação e Liberdade de Expressão com a presença da professora de Filosofia
da USP – Universidade de São Paulo, Marilena Chauí, lançou oficialmente o
início da campanha. Em debate da campanha, Marilena Chauí afirma a importância
de nova lei para as comunicações.
PE: Praia no Capiberibe
Em Recife, a galera se reuniu no domingo, 26, às
margens do rio Capiberibe transformando em praia. As entidades que defendem o
direito à comunicação em Pernambuco uniram-se ao movimento “Eu Quero Nadar no
Capibaribe e você?” para lançar a campanha “Para Expressar a Liberdade” com
festa. Em pleno domingo de sol, os manifestantes mostraram para a população que
liberdade de expressão tem tudo haver com muitas outras lutas da sociedade. E
que dá, sim, para unir militância e diversão. Praia da liberdade de expressão
lança campanha no Recife.
DF: Para expressar a liberdade é preciso
igualdade
Racismo, pluralidade e diversidade na rádio e TV
foram os principais assuntos do lançamento da campanha em Brasília, que
aconteceu em conjunto à comemoração de 5 anos da Comissão de Jornalistas Pela
Igualdade Racial do Distrito Federal (Cojira-DF). Os dados sobre o racismo na
mídia foram apresentados pelo professor e cineasta Joel Zito. As pesquisas das
quais participou indicam que, em uma semana de programação (pouco mais de 300
programas de variedade), apenas 3 programas tratavam sobre a temática negra.
Mas o mais alarmante, a porcentagem de apresentadores eurodescendentes em
telejornais chega a 93%. "A representação racial na mídia deve
corresponder à proporção de negros e índios do Brasil para garantir a
diversidade" diz o professor. No DF, lançamento da campanha discute a
igualdade racial.
SE: Mobilização e debate
Em Aracaju, a mobilização aconteceu no calçadão
do centro da cidade, levantando a bandeira da diversidade e da pluralidade na
mídia, os manifestantes reiteraram que uma nova lei para as comunicações
precisa contemplar a inserção de conteúdo regional na produção e respeito aos
direitos humanos. Para dar sequência ao ato de mobilização, houve um debate no
Sindicato dos Bancários para lançar oficialmente a campanha em Sergipe. SE:
Entidades realizam ato em prol do marco das comunicações.
Rio: Alegorias de um teatro aberto
Os cariocas se paramentaram para expressar a
liberdade na Cinelândia no final da tarde desta segunda (27). Música, teatro e
cordel se articularam nas ruas do centro explicando para as pessoas que o
código que regula a radiodifusão no país comemora seus 50 anos praticamente
intocado, antecedendo até o lançamento do primeiro satélite. Sergival Silva
recitou o cordel sobre a “Peleja de Marco regulatório e Conceição pública na
terra sem lei dos coronéis eletrônicos”. Lançamento da campanha acontece
cercado de alegorias no Rio de Janeiro.
ES: Da assembleia legislativa ao shopping
Em Vitória, também na segunda (27) houve
panfletagem em frente à Assembleia Legislativa e no maior shopping Center da
capital, Vitória. Integrantes do Intervozes ( Coletivo Brasil de Comunicação
Social ) no Estado entregaram uma versão sintetizada da carta de apresentação
da campanha, informando sobre a data e o propósito da campanha. ES: Ato marca o
lançamento da Campanha Para Expressar e Liberdade entre capixabas
PA: Debate inicial já define agenda da
campanha
Um debate na Faculdade Ipiranga deu o ponta pé da
campanha em Belém. Com a participação do Prof. Paulo Roberto Ferreira, da
sindicalista Vera Paoloni (CUT), do artista popular Mário Filé, do jornalista
Carlos Pará e do estudante Victor Javier, dezenas de alunos e cidadãos
interessados puderam discutir as razões e objetivos da campanha, que pretende
mobilizar corações e mentes em todo o Brasil. Os organizadores deste movimento
no Estado deixaram sinalizada a proposta da organização de um grande debate
público, com transmissão pela Internet, para 10 de outubro, como próximo passo
da campanha na região.
PR: A televisão do povo
Em Curitiba, munidos de uma TV de papel e um
microfone, os manifestantes ocuparam a Boca Maldita, no centro, para dar voz e
vez ao povo na televisão. Assim foi o lançamento da campanha, organizado pela
Frentex-PR, mostrando que para expressar a liberdade as pessoas precisam ter
acesso aos meios de comunicação para pode colocar suas opiniões, fazer circular
sua produção artística e cultural, e dar visibilidade para todos. O ato chamou
a atenção para a necessidade de garantir a liberdade para a atuação das rádios
comunitárias e para que cesse imediatamente a criminalização e a perseguição às
pessoas que constroem no cotidiana uma comunicação mais democrática e
socialmente relevante.
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