As
4556 rádios comunitárias formam hoje o setor mais dinâmico da radiodifusão
brasileira. Cada ano solicitam-se novas outorgas – O que mais é preciso para
ressaltar o enorme interesse de exercer o Direito Humano à Comunicação no Ar?
Em muitas aldeias amazônicas, cidades no interior do sertão, vilas de
pescadores, centros históricos, comunidades e periferias urbanas a população
achou no rádio um meio de comunicação acessível, prático e divertido para sonorizar
e organizar de forma participativa a vida cotidiana. É nada menos que a
exploração do velho sonho do dramaturgo alemão Bertolt Brecht – e não somente
dele - de um aparelho de “duas caras” onde o público pode falar também até o
ponto de confundir a própria distinção dos locutores. A rádio comunitária se
faz e se escuta em comunidade, uma comunidade de radioaficionadas/os.
Fazer
rádio comunitária é um sonho popular realizado e o Brasil deveria estar
orgulhoso de contar com a maior paisagem de radiodifusão comunitária no mundo.
E também deveria se orgulhar das/ os suas/seus radialistas comunitárias/os que
estão dando vida a esse sonho além da “cama” pouco confortável que se chama Lei
9612 e que regula o funcionamento das rádios comunitárias.
Este
texto é introdução do livro “11 Vezes Rádio Comunitária”, da Amarc Brasil.
http://amarcbrasil.org/wp-content/uploads/2014/08/AMARC_11_vezes_RadCom_web.pdf