terça-feira, 25 de agosto de 2015

Representantes de rádios comunitárias de Alagoas e Maranhão denunciam “falta de respeito” da ABRAÇO em Congresso Nacional


NOTA DE REPÚDIO À DIRETORIA DA ABRAÇO NACIONAL

A diretoria da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária no Maranhão (ABRAÇO-MA) vem manifestar veemente repúdio à diretoria da Abraço Nacional pelos desmandos, arbitrariedades e total falta de respeito praticados na condução do VIII Congresso Nacional das Rádios Comunitárias, realizado em Brasília, no período de 21 a 23 de agosto de 2015.
Após sucessivas postergações de data do congresso, a direção da Abraço Nacional, liderada por José Sóter, reduziu a quantidade de delegados por estado, prejudicando todo o processo de eleição dos delegados nos congressos estaduais.
No caso do Maranhão, o congresso da ABRAÇO-MA havia eleito 22 delegados, conforme orientava a Nacional. Posteriormente, fomos comunicados que não seriam 22 delegados, mas apenas 10, causando um problema com a redução da quantidade da delegação, visto que tivemos de realizar uma assembleia para fazer uma triagem e fixar o número em 10 representantes.
Além de tudo isso, após feita a triagem para definir os 10 delegados, a ABRAÇO Maranhão passou por uma série de constrangimentos com a sua delegação, visto que ficou esperando o envio das passagens até o dia 21 de agosto, de última hora, sem que houvesse qualquer informação concreta sobre a emissão dos bilhetes.
Tivemos inclusive situações em que delegados de cidades distantes do Maranhão tiveram de se deslocar até São Luís, sem qualquer definição sobre a confirmação de passagem para Brasília.
Essa situação se prolongou até a madrugada do dia 22, marcada por insistentes tentativas e contatos com o coordenador da Abraço Nacional, José Sóter, sem que o mesmo desse uma informação concreta sobre a viagem para Brasília.
Ao final de todo esse processo, extremamente desgastante, tivemos a informação de que apenas 5 (cinco) passagens foram emitidas, sendo que tínhamos 10 delegados.
Além disso, nossa delegação viajou em vôos separados, também provocados pela desorganização geral da Abraço Nacional.
Esses foram apenas alguns registros do desgaste e da total falta de sintonia, de consideração e respeito da Abraço Nacional para com os delegados do Maranhão.
Repudiamos também a Abraço Nacional por não ter viabilizado a hospedagem aos participantes do VIII Congresso Nacional, visto que em todos os eventos dos movimentos sociais é regra que a entidade anfitriã acolha os seus convidados.
Toda essa sucessão de constrangimentos só vem confirmar a gestão desastrosa de José Sóter à frente da Abraço Nacional.
José Sóter por várias vezes visitou São Luís para tratar de assuntos particulares e nunca, em nenhum momento, procurou a diretoria da ABRAÇO Maranhão para tratar de qualquer tema relacionado à organização das rádios comunitárias.
Os atropelos e maus tratos com a delegação maranhense no VIII Congresso Nacional da Abraço só vem confirmar o total desprezo, falta de atenção e até mesmo o boicote praticado pela direção nacional contra a Abraço Maranhão.
Esse é o nosso repúdio e responsabilizamos o coordenador da Abraço Nacional, José Sóter, por todos os inconvenientes e constrangimentos causados à delegação maranhense.


CARTA ABERTA ÀS ABRAÇOS ESTADUAIS 


A Associação Brasileira e Radiodifusão Comunitária no Estado de Alagoas (ABRAÇO Alagoas), repudia com veemência a forma manipuladora, arbitrária e ineficiente com que a ABRAÇO Nacional vem sendo conduzida há quase duas décadas.

A forma de gestão centralizada não tem produzido nenhum benefício para as ABRAÇOS Estaduais. O atual modelo federativo, tem causado o desmonte e a fragilidade do Sistema ABRAÇO. As entidades estaduais estão destroçadas, num caos administrativo, contábil, financeiro e fiscal, a exemplo da própria ABRAÇO Nacional. Nesse sentido, as novas normas definidas pela Receita Federal que, a partir desde ano, passa a exigir o envio do balanço contábil/financeiro das entidades do terceiro setor juntamente com a Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (DIRPJ), o que, em pouco tempo, trará a total falência do Sistema ABRAÇO, atingindo assim todas as suas instancias administrativas.

No único momento em que as ABRAÇOS estaduais têm aproximação com a ABRAÇO Nacional, quando da realização do Congresso Nacional, infelizmente, o ETERNO Coordenador Nacional da entidade trata a ABRAÇO como propriedade particular, utilizando-se de práticas nefastas, desrespeitando os Congressos e Assembleias Estaduais, impondo sua vontade para manutenção de interesses e privilégios pessoais, haja vista que esses eventos Nacionais transformam-se em espaço privilegiado que o mesmo utiliza, jogando para a plateia, construindo de forma oportunista uma falsa imagem do Sistema ABRAÇO, querendo fazer crer que tudo funciona às mil maravilhas, quando, na verdade, as ABRAÇOS Estaduais estão à beira da falência e da extinção.

Diante deste contexto de ineficiência, manipulação e fragilidade do Sistema ABRAÇO, faz-se necessário mudar os rumos e as diretrizes politico-administrativas institucionais, privilegiando um intercâmbio permanente entre a entidade Nacional e as Estaduais, que proporcione benefícios reais ao Movimento de Radiodifusão Comunitária no país. Portanto, é necessário a RENOVAÇÃO do quadro administrativo e dos princípios éticos que atualmente norteiam nossa Entidade.


COORDENAÇÃO EXECUTIVA ABRAÇO ALAGOAS