Escrito por: OmbudsPE
Fonte: OmbudsPE
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O
encontro preparatório para o 2º ENDC reuniu quase 400 pessoas de todos os
estados do NE (exceto Piauí) entre os dias 12 e 14
Com
quase 400 participantes, o Encontro Nordestino pelo Direito à Comunicação
reuniu pessoas de todos os estados do Nordeste, com exceção do Piauí, além de
trazer gente de outras regiões. A programação contou com quatro mesas de debate
e 26 atividades autogestionadas. Realizado pelo CCLF, Fopecom, FNDC/PE e
Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o evento conseguiu abordar
temáticas urgentes e diversas dentro da luta por uma comunicação mais
democrática.
No
primeiro dia, houve a primeira mesa de debates “Somando vozes pela liberdade de
expressão” (foto), na qual participaram Luciana Santos, deputada federal e
integrante da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à
Comunicação, Rosane Bertotti, presidenta do Fórum Nacional pela Democratização
da Comunicação (FNDC). César Bolaño, da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e
Emiliano José, secretário de Mídia Eletrônica do Ministério da Educação. Nesta
mesa foi discutido a importancia de que todas as entidades, coletivos e
movimentos que lutam pela democratização da comunicação unam suas pautas para
fortalecer o movimento como um todo.
O
dia mais repleto de atividades foi a sexta-feira (13), quando foram realizados
os debates “Os desafios para o Direito à Comunicação na era digital”, com H.D.
Mabuse, do Centro de Estudos Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.) e Othon
Jambeiro, da UFBA, e “A mídia pública, indepentende e comunitária no Nordeste”,
com Paulo Rogério, do Portal Correio Nagô, Pedro Rocha, do Coletivo Nigéria de
Comunicação e Rita Freire, integrante do conselho curador da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC). Na primeira mesa, os palestrantes pontuaram que já está mais
que na hora do sistema educacional brasileiro se adequar às novas tecnologias
da informação, de forma que seja possível uma inclusão digital de fato, e não
apenas a distribuição desigual de acesso à internet. Na segunda mesa, as
questões relativas ao apoio (no caso, a ausência dele) institucional à mídia
alternativa foram levantadas.
Num
momento mais lúdico da programação, o Som na Rural realizou, à noite, em
parceria com a organização do evento um ato político-cultural pelo direito à
comunicação em frente a Assembleia Legislativa de Pernambuco, na Rua da Aurora.
O Coco de toré Pandeiro do Mestre abriu a noite e foi seguido pela poetisa e
cantora Lu Rabelo. Durante as apresentações palavras de ordem sobre
democratização da comunicação foram ditas no intuito de fomentar o debate sobre
a participação política nesse tema.
Na
última mesa “O Nordeste: liberdade de expressão e regulamentação da
comunicação”, que aconteceu no sábado (14), os palestrantes Cristian Góes,
jornalista sergipano, Gustavo Ferreira, da UFPE, e João Bosco Fontes,
procurador regional da república do Ministério Público, discutiram sobre como o
sistema judiciário brasileiro pode ser nocivo servindo ao Estado para censurar
a mídia e como esses atos autoritários não devem ser confundidos com a
regulamentação das comunicações, que é uma das principais demandas da luta pela
democratização da comunicação. Na plenária final do evento, representantes de
cada estado do Nordeste relataram como é a luta por uma comunicação mais
democrática no âmbito estadual e como ela pode ser fortalecida em ambientes
propícios de diálogo entre entidades, coletivos e grupos, tais como o Encontro
Nordestino pelo Direito à Comunicação.