Fábio Mozart e Antonio Andrade, diretor da Rádio Rainha |
A direção da Rádio
Comunitária Rainha, de Itabaiana, Paraíba, publicou nota convocando jovens
entre 16 e 25 anos, com segundo grau completo ou concluindo, para estagiar na
emissora, nas áreas de reportagem, sonoplastia e outros setores da comunicação
radiofônica comunitária. O diretor Antonio Andrade informa que o telefone para
contato é (83) 3281.2117, pedindo que os interessados preparem curriculum
informando experiências, para realizar a seleção dos estagiários.
A maioria das rádios
comunitárias em funcionamento no país sofre com dificuldade financeira e seus
gestores não sabem como é o funcionamento de emissora voltada para a
comunidade, disse a mestre e professora em comunicação, Gabriela Manjelardo. “O fator verba sem dúvida é um dos empecilhos,
e isso impede o desenvolvimento de um trabalho de qualidade, porém a falta de
conhecimento de como é uma comunicação comunitária é impressionante”, afirmou a
pesquisadora.
“Uma
comunitária não precisa ter profissionais especializados, pois ela é aberta
para que as pessoas possam levar e obter conhecimentos a todo o seu bairro. Mas
a realidade é outra. Alguns veículos não possuem espaço para a comunidade, não
tem programação com prestação de serviço, utilidade pública ou informação e o
lucro, interesses políticos e até religiosos são as prioridades” explicou
Gabriela.
“A
rádio Rainha faz um trabalho interessante na preparação de novos profissionais
da própria comunidade”, afirmou Fábio Mozart, radialista comunitário paraibano,
fundador de duas emissoras desse tipo.
As
rádios comunitárias surgiram para atender as demandas das comunidades, operam
em 25 watts e sua maior dificuldade é a sustentabilidade, pois são sem fins
lucrativos, mas todo o valor arrecadado deve ser investido na própria emissora.
As emissoras comunitárias de rádio e TV
poderiam gerar cerca de 200 mil empregos para radialistas, jornalistas,
produtores e outros profissionais da área se tivessem financiamento para
produzir programação. A informação foi dada pelo presidente da Associação
Brasileira de Canais Comunitários (Abccom), Paulo Miranda, durante o Fórum
Brasil de Comunicação Pública.