Diretor de rádio comunitária é acusado de
utilizar emissora para proselitismo político
O radialista comunitário Val Gomes denunciou nas redes
sociais que foi afastado de suas atividades pelo Presidente da Rádio
Comunitária Transamazônica, de Porto Velho, por motivos políticos. Segundo ele,
a direção da rádio obrigava-o a fazer proselitismo político. “Minha saída da
rádio foi porque queriam divulgar nomes de políticos que não nos ajudam em nada
e não gostam de ouvir a verdade. Já trabalhei em muitas rádios e sempre fiquei
ao lado do povo, portanto não posso defender pessoas que vêm aqui prometendo
torre de celular, asfalto e construção de delegacia, entre outras coisas, e
nada fazem. O diretor da rádio e do hospital anda dizendo que eu não quero mais
voltar, mas é mentira. Ele não me quer por medo da verdade. Afinal, a rádio é
comunitária ou não?”, indagou.
Sobre o assunto, disse Edmilson Costa, da Associação
Brasileira de Radiodifusão Comunitária em Rondônia: “A
maioria dos presidentes de entidades mantenedora de Rádio Comunitária no
Brasil, por falta de conhecimentos, pensam que são os donos da emissora. Pois,
rádio comunitária, de acordo com a Lei 9.612/98, pertence à comunidade, tem
apenas uma diretoria provisória, eleita pelos seus associados para administrar
conforme seu estatuto. Tem que associar os moradores até onde seu raio atingir,
caso isso não venha a ser, acionar o Ministério Público Federal.”