O radialista Dalmo Oliveira, da Rádio Comunitária Zumbi dos
Palmares, de João Pessoa, que comanda o programa “Alô comunidade”, transmitido
pela Rádio Tabajara da Paraíba, atribuiu à jornalista Edileide Vilaça, dona da
Rádio Web Porto do Capim, a decisão de se retirar o programa da grade de
programação da Porto do Capim. “Ela é assessora do senador Cássio Cunha Lima e
deve ter ficado incomodada com as frequentes críticas que fazemos a ele no “Alô
comunidade”, afirmou Dalmo. “Não posso atribuir diretamente a Edileide Vilaça,
mas a decisão da professora Olga, coordenadora da Rádio, foi certamente levada
ao conhecimento dela, e se constitui censura política”, emendou Oliveira.
A Rádio Web Porto do Capim teve origem e pertence ao Programa de
Pós-Graduação em Jornalismo – Mestrado Profissional em Jornalismo,
do Centro de Comunicação, Turismo e Artes, da Universidade Federal da
Paraíba (UFPB), desde 2013, idealizado pela jornalista Edileide Vilaça, sob a
orientação da Professora Doutora Olga Tavares, que comanda a emissora atualmente,
servindo à comunidade acadêmica da UFPB, na área de comunicação.
Segundo
Dalmo, o programa foi descartado sem que a coordenação da rádio web Porto do
Capim tenha emitido qualquer aviso.
O
programa “Alô comunidade” começa pontualmente às 14h pelas ondas da Rádio
Tabajara PB AM, no canal 1.110 kilohertz. Segundo Dalmo Oliveira, o programa
tem a finalidade de dar voz às pautas que não entram comumente na mídia
convencional paraibana.
“Nós
estamos completando cinco anos no ar, dando oportunidades para que pessoas do
povo possam se expressar num veículo de comunicação de massa. É uma iniciativa
inédita envolvendo uma rádio pública e o movimento de comunicadores
comunitários”, diz o ativista pela democratização da comunicação.
O
programa é realizado de forma colaborativa pelo Coletivo de Comunicadores Novos
Rumos, Sociedade Cultural Posse Nova República e o Ponto de Cantiga de Ninar,
de Itabaiana.
“No
início nossa intenção era fazer um programa de rádio que desse visibilidade às
rádios comunitárias, mas com o passar do tempo fomos agregando outras
temáticas, como cultura popular, movimentos sociais e comunicação alternativa,
popular e comunitária”, diz Oliveira.