Assessor de comunicação da Suvisa, Átila Uchôa, percorreu rádios para
apresentar proposta de parceria
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O rádio se transformou
em mais uma arma na guerra contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue, da chikungunya e do zika vírus. O ano de 2015 foi o recordista em casos
de dengue na história de Goiás, com cerca de 187 mil casos notificados e 81
mortes confirmadas.
Atualmente, soma-se a esse cenário uma ameaça preocupante: o
surgimento da microcefalia, uma malformação congênita associada ao zika. Bebês
nascem com a circunferência do cérebro menor do que 33 centímetros, o que causa
complicações neurológicas. A superintendente da Vigilância em Saúde, Maria
Cecília Brito, afirma que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) sentiu a
necessidade de se comunicar diretamente com a população para que ela também
participe ativamente dessa luta.
Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Maria Cecília
Brito.
Segundo ela, desde agosto, a Superintendência está promovendo
visitas nas regionais de saúde para acompanhar as ações realizadas e em
Nerópolis, e em uma delas, constatou-se que as rádios comunitárias poderiam ser
parceiras neste projeto de conscientização. “Em Nerópolis, vimos uma rádio
comunitária em ação e entendemos que seria um grande canal de comunicação com a
sociedade. Das cerca de 400 emissoras de rádio comunitária goianas, temos
algumas de muito boa audiência e muita
responsabilidade social. E com isso
então conseguimos abrir um canal com essas emissoras de rádio e hoje elas
trabalham junto conosco para evitar o aumento dessas doenças tão difíceis para
o estado suportar”, diz.
Na Onda da Saúde
A partir daí, a SES produziu o programa Na onda da saúde que
será veiculado em 212 rádios comunitárias do Estado de Goiás. Os programas foram gravados no estúdio do
Site Goiás Agora e serão inseridos na grade de programação das emissoras de rádio. Com uma linguagem
simples e acessível, os conteúdos são sobre dicas de prevenção e controle do
mosquito com entrevistas com especialistas e técnicos em saúde. “Temos alguns
spots que foram gravados em que o locutor fala sobre quais são as condições
necessárias para que uma caixa d´água não traga risco e aí vamos explicar a
questão da tampa e como pode ser o armazenamento de água dentro da residência”,
exemplifica.
Custo zero
O assessor de comunicação da Suvisa, Átila Uchôa, colaborou
com o projeto. Ele percorreu as mais de 200 rádios comunitárias cadastradas em
Goiás pelo Ministério das Comunicações para apresentar a proposta de parceria.
É grande o alcance proporcionado pelo meio de comunicação, como frisa. “A gente
precisava chegar principalmente à população mais distante que está em fazendas
e em cidades mais afastadas da capital e foi uma ideia trabalhar com as rádios
comunitárias que têm por lei de criação o serviço de utilidade pública.