A Polícia Federal fechou nesta
quarta-feira (25) o jornal Diário de Marília e duas rádios ligadas à Central
Marília de Notícias (CMN) na cidade do interior de São Paulo. A edição impressa
do jornal não circulou ontem e a edição online estava fora do ar. Outros sites
da empresa também foram apagados. As rádios Diário FM e Dirceu AM tiveram os
microfones lacrados. Segundo a PF, a empresa é suspeita de ter como donos
ocultos políticos da região.
A PF informou ter cumprido
determinação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região para “a suspensão
integral das atividades do grupo econômico de comunicação, com atuação
considerada irregular”. Foram feitas buscas nas sedes do jornal e das rádios e
nos escritórios da empresa. Foi cumprido um mandado de prisão preventiva, cujo
nome não foi divulgado.
A ação faz parte da segunda fase da
Operação Miragem, que investiga crimes como associação criminosa, falsidade
ideológica, uso de documento falso, desenvolvimento clandestino de atividade de
telecomunicação, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O
inquérito está sob segredo de Justiça.
Nenhuma das pessoas citadas como
sócias da CMN foi localizada. Em nota, a direção do grupo informou que prepara
recurso no Superior Tribunal de Justiça. Afirma que “não há nenhuma
irregularidade na empresa, considera a ação arbitrária, violenta e
desnecessária e, fatos e ações com fundo eminentemente políticos”. Afirma ainda
que a empresa tem 100 funcionários, e “está tomando as providências para
restabelecer as atividades”.
Créditos: Notícias ao Minuto