O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, na pré-campanha de candidato a prefeito de João Pessoa, tem priorizado as rádios comunitárias para entrevistas. Na capital da Paraíba, ele já falou nas rádios comunitárias Cruz das Armas e Mangabeira, agendando para debater com a comunidade de São Rafael, no bairro Castelo Branco, através da rádio comunitária Voz Popular.
Quando deputado, Ricardo Coutinho posicionou-se a favor do movimento de rádios livres e comunitárias, no fortalecimento das mídias locais que chegam a um público diferenciado, o qual nem sempre tem acesso a outros veículos, focando na realidade local.
O governo federal, agora sob o comando de Jair Bolsonaro, continua perseguindo as rádios comunitárias. Na Paraíba, foi extinta pelo Ministério das Comunicações a Rádio Comunitária de Pedra Lavrada em 2019. No Brasil, Bolsonaro já cancelou a concessão pública de mais de 168 rádios comunitárias.
Herdeiras
das experiências das rádios livres na Europa e das experiências do Movimento de
Educação de Base (MEB) e das difusoras populares no Brasil, as rádios
comunitárias mesclam-se aos movimentos sociais e comunitários. Relacionam-se,
assim, com as instâncias políticas como o Estado, sendo alvo de reivindicações
e embates dos movimentos sociais e do setor econômico, à medida que concorrem
com as rádios comerciais e as instâncias de solidariedade e de circulação dos
laços sociais, segundo a historiadora Márcia Nunes.
