domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Roussef vai debater sobre rádios comunitárias em 16 de dezembro


A Presidente eleita Dilma Roussef deve comparecer à abertura do VII Congresso da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, no dia 16 de dezembro em Brasília. Na ocasião, os representantes da categoria esperam contar, além da Presidente eleita, com parlamentares eleitos, presidente Lula, FNDC, CUT Nacional, Fenaj, Fitert, Fenajufe, MNU, MST, Amarc, Intervozes, Minicom, MCT, MinC, SPM-PR, Secom-PR, MDS, Secretaria Geral – PR. Essas entidades farão manifestações públicas no Congresso Nacional, Minicom e Anatel, com audiências com os presidentes do Senado e da Câmara e com o ministro das Comunicações.

Na pauta, a criminalização das rádios comunitárias e novo marco regulatório para a radiodifusão, além da discussão sobre o papel do parlamento na democratização das comunicações e a instalação do Conselho Nacional de Comunicação, seu papel para a construção de uma comunicação democrática no Brasil

A deputada Luiza Erundina será uma das palestrantes, além de Marinor Brito, Randolf, Walter Pinheiro, Fernando Ferro e Rômulo Gadelha, Coordenador de Relações Institucionais e Internacionais.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Vereador defende democratização da cultura em Itabaiana/PB

Ubiratan Correia, à esquerda, é destaque do Resenha Cultural desta semana


Em entrevista ao programa Resenha Cultural, do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, veiculado pela Rádio Comunitária Rainha de Itabaiana/PB, o vereador Ubiratan Correia defendeu a democratização da cultura no município, incluindo a ideia de se escolher o secretário de cultura através de consulta pública, onde sairia uma lista tríplice para escolha do Executivo. “Eu acho que o povo deve participar diretamente das decisões ligadas às políticas públicas, incluindo a cultura, onde se deveria ouvir mais os artistas e produtores culturais da cidade”, acrescentou.

Autor de projetos e indicações na área cultural, o vereador Ubiratan tem se destacado na Câmara Municipal pelo interesse nas matérias ligadas ao tema.

Ouça a entrevista de Ubiratan Correia no programa Resenha Cultural pela Rádio Comunitária Rainha, neste sábado, 30 de outubro, às 15h30. Em Itabaiana, a sintonia é 87,9 MHZ. Na internet, você ouve em tempo real pelo site www.radio87rainhafm.com

No domingo, dia 31 de outubro, o áudio do programa estará lincado no blog do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar: www.pccn.wordpress.com

Ainda na edição deste dia 30 de outubro de 2010, entrevistas com participantes do projeto “Aprender em Paz” e alunos do curso de mosaico, além de música popular paraibana de qualidade com o cantor Cacá Ribeiro.

RESENHA CULTURAL É UM PROGRAMA PRODUZIDO PELO PONTO DE CULTURA CANTIGA DE NINAR – ITABAIANA/PB

Um programa cultural faz a soma ao integrar a comunidade em torno de objetivos comuns de educação, lazer, defesa de nossa cultura e consequente desenvolvimento. As rádios comunitárias representam o momento em que o povo toma conta da informação, e uma instituição como o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, através da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, vem provando que trabalha no sentido da valorização cultural de nossa gente, criando identidades culturais e regionalizando a produção e a recepção das informações.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Rádio Comunitária do Congo/PB dará cobertura ao Festival de Cinema


A Cidade do Congo no Cariri Paraibano está se preparando para o Festival de Cinema, que acontecerá de 05 a 07 de novembro de 2010, no Auditório Municipal, no Centro da cidade. Segundo o Diretor do CINECONGO, José Dhiones, “os preparativos estarão prontos até o dia 20 de outubro. E que ainda serão oferecidos aos participantes durante o evento, oficinas de Atuação para TV e Cinema com a atriz Marcélia Cartaxo, Oficina A Linguagem Cinematográfica, ministrada pela Profª. E Drª. Virginia de Oliveira (Projeto Cinestésico / UFPB), entre outras que estão sendo fechadas pela direção do CineCongo.

Estarão presentes durante o evento mais de cinquenta convidados paraibanos e pernambucanos, atores nordestinos, cineastas, jovens realizadores do interior da Paraíba, jornalistas, UEPB - Campos Monteiro, secretários de cultura das micros regiões da Paraíba, Gestor Cultural da Universidade Católica do Pernambuco, imprensa da região que estarão dando cobertura ao evento e todos os amantes da sétima arte.”

Confira a Lista dos Filmes Selecionados:

MOSTRA CONGO
Pensamento Severina – José Dhiones;
O Céu da boca morta – Audaci Jr.;
MOSTRA COMPETITIVA O VELOCINO DE OURO
DOCUMENTÁRIO
O Senhor do Engenho - Bertrand Lira - João Pessoa;
Maria de Kalú - Carlos Mosca e Ronaldo Nerys - Campina Grande;
Queixa - Orlanildo Gladstany - São Bento;
Caminhoneiros de Boa Vista - Flávio Alex - Boa Vista;
Sobre Vidas - Deleon Souto - Patos;
O Cordel: A Literatura Popular - Ravel di Azevedo e Fagner de Oliveira - Monteiro;


MOSTRA COMPETITIVA O VELOCINO DE OURO

FICÇÃO

A Chave da Maré - Riccardo Migliore - Campina Grande;
Close na Noite - Hildeberto Figueiredo e Lela Belém - Lagoa Seca;
Escolhas - Flaviano Queiroz e Geildo - São Bento;
Tempo - Ismael Moura - Cuité;
As trapalhadas de João Teimoso - Laercio Ferreira Filho - Aparecida;
Dificunópoles e o Alesado desejo de Chico - João Martins Neto - São José de Piranhas;
Baton: Meu primeiro beijo - Altiéres Estevam - Campina Grande;

MOSTRA INFORMATIVA BRASIL
Retratos - Leo tabosa - PE
Difícil Escolha - Mariana Lins - RJ
Puta Luta - Virgínia de Oliveira - PB
Aos Pés - Zeca Brito - RS


Mais Informações:
www.festivaldecinemadocongo.blogspot.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

1º Encontro de Comunicação Comunitária e Alternativa da Região


Local: Auditório do Labcom, no Campus Central da UFRN.

Data: 11 de novembro de 2010, das 8h às 18h
Período de inscrições: de 15 de outubro a 09 de novembro de 2010
Clique aqui para se inscrever
PROGRAMAÇÃO
8h - Credenciamento

8h30 – Abertura com Prof. Dr. Cipriano Maia de
Vasconcelos/Pró-reitor de Extensão da UFRN ou representante oficial /
Performance do Grupo de Teatro Facetas e Mutretas.

9h-10h15 - Conferência sobre Comunicação Comunitária, Alternativa e
Cidadã em tempos de convergência digital, ministrada pelo Prof. Dr.
Bruno Fuser, do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFJF,
pós-doutor pela UAB-Espanha.

10h30-12h30 – Mesa-redonda Os caminhos da Comunicação Comunitária e
Alternativa da Região Metropolitana de Natal, com a mediação de Iano
Flávio Maia, do Coletivo Intervozes e mestrando do PPgEM-UFRN.
Participam: Rádio Santana (Suzana Lúcia); Revista Viração (Alessandro
Muniz); Revista Catorze (Ramon Ribeiro); Site do Projeto SOS Ponta Negra
(Yuno Silva); Cine Paredão – Bairro Alecrim (Lula Borges); Caminhos,
Comunicação e Cultura – Produção Audiovisual (Alexandre Santos);
Jornal O Canto do Jaraguar (Rudenilson Cândido); Grupo de Teatro Facetas
e Mutretas (Rodrigo Bico).

14h-17h00 – Relatos orais de experiências:

14h-14h50 – Painel 1 – Comunicação Comunitária e Alternativa
Impressa e Digital: Jornal Mãe Luiza (Socorro Veloso); Jornal O Clarim
(Valdilene Farias); Sociedade Terra Viva (Perceval Carvalho); Site de
jornalismo alternativo Foque (Rogério Marques).

14h50-15h30 – Painel 2 – Comunicação Comunitária e Alternativa no
Rádio: Comunitária Executiva FM, Nísia Floresta (Jean Carlos de
Oliveira); Comunitária Eldorado dos Carajás FM, Macaíba (João
Marques); Comunitária Melancia FM (Margarida Ozaneide).

15h30-15h40 – Intervalo

15h40-16h40 – Painel 3 – Outra Comunicação é Possível: Posse de
Hip Hop “Lelo Melodia” (Shirlene); Rede de Comunicadores da
Arquidiocese de Natal (Cacilda Medeiros); Associação Comunitária
Cultural Amigos da C.C.P, Ponto de Cultura Nair Mesquita, Macaíba
(Josafá Fernandes); Vozes da Vila (Joanisa Prates); FOTEC – Agência
(Foto)Jornalismo Experimental da UFRN (Itamar Nobre).

16h40-17h20 – Painel 4 – Alternativas de Cinema: Cineclube Ponto de
Cultura Pium, Parnamirim (Esso Alencar); Cineclube Centro de Cultura de
Vila de Ponta Negra (Maíra Leal); Cineclube de Natal (Pedro Fiúza).

17h20-17h30 – Palavra de encerramento com panorama local da
Democratização da comunicação e perspectivas de organização em rede
na Região Metropolitana de Natal.

17h30-18h – Apresentações culturais

EQUIPES

ORGANIZAÇÃO GERAL:

Prof. Dr. Juciano de Sousa Lacerda

Grupo de Pesquisa Pragma/UFRN – DECOM/UFRN

domingo, 24 de outubro de 2010

Após 12 anos de espera, rádio comunitária do Jaraguá recebe ordens federais para calar de vez a sua voz

Agência BOM DIA

Em um teimoso processo de abre e fecha, a Ação Comunitária do Parque Jaraguá tenta há 12 anos deixar no ar a rádio comunitária do bairro. Problemas burocráticos, no entanto, fazem a ideia radiofônica virar novela, com direito a prisão, desapontamento e, agora, uma desagradável surpresa. O BOM DIA apurou que o processo de licença que colocaria a rádio no ar foi arquivado por determinação do Ministério Público, deixando ainda mais distante o sonho da legalidade e inconformados os participantes da Ação.

Cirineu Fedriz é quem organiza o projeto da rádio e a Ação Comunitária do bairro. Ele ganhou essa herança de seu pai, João Fedriz, que durante toda a vida ficou conhecido pelos projetos sociais que desenvolvia nos bairros de Bauru. Seu pai foi o fundador da primeira Associação de Moradores do Parque Jaraguá que, depois, virou a Acão Comunitária.

Nos oito anos de funcionamento, o movimento alcançou tanta visibilidade que é procurado pelos outros bairros da cidade e reconhecido pelo prefeito Rodrigo Agostinho. "É uma das ações mais bem organizadas da cidade. Norteada por reinvindicações justas, de gente que, por um tempo, ficou à sua própria sorte", fala Cirineu. De pavimentação à instalação de creches, a ação vem conseguindo alcançar melhorias. O único objetivo que durante todo esse tempo permenece fora do alcance é a Rádio Ação Cominutária Parque Jaraguá.

Longo percurso
Em 1998, João Fedriz era presidente da Associação dos Moradores do Parque Jaraguá e, acompanhando de perto as necessidades do bairro, resolveu que uma rádio deixaria mais fácil a comunicação entre os moradores. Como a rádio era estritamente comunitária, João e os moradores acharam que poderiam operar sem a licença do Ministério das Comunicações – que legaliza os veículos de comunicação operantes em todo o país.

A ideia, no entanto, foi tomando grandes proporções. Figuras de importância na cidade eram entrevistadas pela rádio. Vereadores, prefeito, deputados e comandantes que passavam pelo estúdio fizeram com que a rádio caisse no gosto popular. "Começamos a chamar a atenção e daí as pessoas começaram a se incomodar", conta Cirineu.

Em 2002, então, se deu o primeiro capítulo da novela. A rádio foi fechada por trabalhar sem licença. Insitentes, em 2004 os moradores encaminharam ao Ministério a papelada pedindo a licença para a rádio voltar a funcinar. "Como a resposta demorava muito pra sair, nós não quisemos parar e decidimos funcionar na ilegalidade", explica Cirineu. Assim começou o processo de abre e fecha. Por nove vezes a rádio foi fechada, sendo que na nona vez Cirineu foi preso e ficou 11 dias atrás das grades.

Sem poder fazer mais nada, resolveu então esperar que a licença finalmente saísse. O BOM DIA procurou o Ministério das Comunicações para saber sobre o andamento do processo e foi informado pela responsável , Sueli Almeida, de que o processo será arquivado.

"A determinação veio do Ministério Público. Todas as rádios que funcionaram ilegalmente nos últimos 5 anos terão seus processos arquivados", explica.

Cirineu não se conforma: "Isso não foi aprovado". Ele divide o inconformismo com os demais moradores e participantes da ação. "A rádio seria muito útil pra gente. Nós só queremos melhorar a situação do bairro", comenta desapontada uma das fundadoras da ação, Maria Cristina da Silva.

Abraço

A questão enfrentada pela Ação do Parque Jaraguá, no entanto, não é a única no Brasil. Ao todo, 16.030 rádios esperam licença do Ministério das Comunicações para atuar. A Abraço (Associação Brasileira de Radiofônica de Radiodifusão Comunitária) tem organizado movimentos pelo Brasil todo em busca de soluções para o caso.

O coordenador sudeste da Abraço, Jerry de Oliveira, expressa sua indignação. "A maioria dos processos que foram fechados é por incompetência do Ministério, que tem apenas 16 funcionários para avaliar quase 20 mil processos".

Ele considera ainda que a questão da Rádio Ação Comunitária Parque Jaraguá trata-se de manipulação política. "Emissoras que pediram legalização há mais de 10 anos continuam na espera, enquanto a maioria das rádios e Tvs de Campinas, por exemplo, funcionam com outorgas vencidas. É tudo uma questão política, fica claro. A Ação de Bauru tem perseguição política também".

Sobre as rádios atuarem sem licença, ele é pontual: "Elas atuam sem licença porque perderam as esperanças de que um dia vão receber suas outorgas em decorrência da influência política de parlamentares. Rádios Comunitárias que combatem este vício, são ilegalmente arquivadas. Por isso, a desobediência Civil continua na ordem do dia, quem deve ser criminalizado por esta situação, é o Ministro das Comunicações, que não concede outorgas num prazo razoável. A responsabilidade desta situação é do estado brasileiro, que ao invés de garantir a participação da sociedade em meios de comunicação democrático, apóia atitudes como esta em favor do monopólio, que inclusive é proibido por lei" destacou Oliveira.

sábado, 23 de outubro de 2010

Mesmo após Confecom, rádios comunitárias sofrem tentativas de criminalização pelo governo


FNDC

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação foi um marco para a comunicação no país, mas ainda não representou um divisor de águas para o movimento das rádios comunitárias. Conforme o coordenador geral da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), José Nascimento Sóter, o setor continua sofrendo tentativas de criminalização por parte do Estado. A mais recente visa condicionar a concessão de outorgas ao não exercício sem autorização do serviço de radiodifusão comunitária.

Segundo Sóter, a maioria absoluta das emissoras que está no ar sem autorização atua pela democratização da comunicação. “Impedi-las de serem regularizadas é criminalizar um movimento social”, afirma o dirigente, que também integra a Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Em entrevista ao e-Fórum, Sóter analisa a situação do setor no período pós-Confecom, a proposta de marco regulatório que está em elaboração pelo Governo Federal e a preparação da entidade para o seu 7º Congresso Nacional. O encontro da Abraço ocorrerá entre os dias 16 e 18 de dezembro, em Brasília, e pretende reunir 500 emissoras comunitárias. A entrevista foi concedida por telefone.


e-Fórum - Como está o setor da radiodifusão comunitária no país pós-Confecom?
Sóter -
Nós não tivemos nenhuma alteração no quadro. A Confecom não representou um divisor de águas que nós imaginávamos. Isso porque o braço do Estado que é responsável por esse serviço foi criado para o mercado e é totalmente voltado para o ele. E sendo assim, a radiodifusão comunitária é tratada como um empecilho aos interesses que eles representam. Essas instâncias estão situadas no Ministério das Comunicações e na Anatel, que acionam outros órgãos do Estado, como o Judiciário e a Polícia Federal, para fazer valer essa opção política para a comunicação através da repressão às rádios comunitárias. Exemplo de que nada mudou é a nova forma do Ministério das Comunicações de dificultar a concessão de outorgas, criminalizando o movimento.

e-Fórum - Em que consiste essa nova tentativa de criminalização?
Sóter -
O Ministério das Comunicações, por orientação do Ministério Público Federal e da Advocacia Geral da União, está submetendo à Anatel os processos que estão em via de aprovação pela Casa Civil, da Presidência da República. A intenção é saber se essas emissoras exerceram ou não sem autorização o serviço de radiodifusão comunitária. E estão indeferindo processos com base nesse relatório da Anatel.

Isso serve para criminalizar o movimento das rádios comunitárias, da mesma forma que tentaram criminalizar os trabalhadores sem terra. Há tempos a União Democrática Ruralista (UDR) tentou imputar aos trabalhadores sem terra a condenação de não participar de programas de reforma agrária se tivessem participado da ocupação de alguma área.

A maioria absoluta das emissoras que está no ar sem autorização atua pela democratização da comunicação. Tanto que a Abraço foi criada em 1996 e a Lei que rege as rádios comunitárias foi sancionada em 1998 (Lei 9.612/1998). A Abraço foi criada pelas emissoras que não tinham autorização, mas funcionavam.

Nós já solicitamos inclusive ao Ministério, através do coordenador da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, José Vicente dos Santos, informações a respeito dessas ações. Se não conseguiram com os trabalhadores sem terra, por que vão fazer isso com os radialistas comunitários?

e-Fórum - O governo está preparando um novo marco regulatório para a comunicação, como você acredita que deveria ser essa nova regulação?
Sóter -
A Abraço defende que a radiodifusão é um serviço comum, não tem distinção. O conceito de estatal, público e privado é uma questão cultural. Nós precisamos de uma Lei Geral de Telecomunicações com um escopo comum a todos e que os serviços sejam especificados de acordo com a sua conceituação. No nosso caso nós estamos incluídos no conceito de radiodifusão pública não estatal. Somos uma entidade pública, sem fins econômicos, temos uma participação aberta a todos os cidadãos e cidadãs das comunidades. Queremos então, todas as garantias de uma radiodifusão, além da segurança conceitual do que é a radiodifusão comunitária. Essa é a nossa linha de atuação em relação ao marco regulatório que está sendo proposto pelo Governo.

Encontro Nacional mobiliza entidade

e-Fórum - A Abraço realizará em dezembro o seu 7º Congresso Nacional, como está a preparação da entidade para esse encontro?
Sóter -
A preparação para o 7º Congresso começou ainda em 2007 durante o sexto congresso da Abraço. Esse é um momento importante para dar continuidade ao processo de construção do movimento das rádios comunitárias, e consolidar a Abraço como entidade nacional.

Durante a Confecom, na Assembléia Geral Permanente, foi definido o processo de realização dos congressos regionais e suas regras. Decidimos que haveria a participação de até três participantes de cada rádio comunitária, garantida a cota de 30% de mulheres nos congressos regionais e que neles também seria realizado um encontro de mulheres dirigentes de rádios comunitárias.

Depois disso, nós realizamos um curso de capacitação em parceria como o Ministério do Desenvolvimento Social e a Unesco, envolvendo cerca de 700 emissoras das 27 unidades da Federação. Nesses cursos nós tiramos as coordenações estaduais dos congressos e definimos o calendário.

e-Fórum - Quantos congressos regionais já aconteceram e qual o número de delegados previsto para o evento nacional?
Sóter -
Dos 27 congressos que foram previstos já foram realizados sete. Rio Grande do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Os próximos serão realizados em Santa Catarina (dias 23 e 24 de outubro), Ceará e Pará (28 a 30 de outubro) e Pernambuco (31 de outubro).

Como o nosso calendário coincidia com o período eleitoral, os nossos militantes que estavam envolvidos com as campanhas estaduais tiveram um pouco de dificuldade de realizar os congressos regionais. Então nós adiamos até o dia 15 de novembro o prazo para a realização desses encontros.

Para o congresso nacional foi definido o número de 500 delegados dirigentes de rádios comunitárias, ou seja, cada rádio que participar do congresso regional pode participar da escolha de delegados, dentro de uma cota para atingir esse número de delegados. Assim, nós teremos a representação de 500 rádios comunitárias, sendo um dirigente por emissora.

e-Fórum - Como a questão de gênero será tratada no encontro?
Sóter -
Dessas 500 emissoras que devem participar do Congresso, 30% no mínimo devem ser dirigidas por mulheres. O que nos leva para o encontro nacional de mulheres dirigentes de rádio comunitária é a participação de ao menos 170 dirigentes. Desse encontro deverá sair um coletivo nacional de mulheres dirigentes de rádios comunitárias da Abraço.

e-Fórum - Quais são os temas que serão debatidos no 7º Congresso?
Sóter -
Estamos trabalhando com o que nós conseguimos mobilizar na sociedade civil para aprovar na Conferência Nacional de Comunicação, a Confecom. Nossa pauta é ainda a pauta da Conferência, porque nada do que foi deliberado lá avançou. É claro que poderão surgir outras questões, mas o que vai dirigir e orientar os debates políticos do Congresso serão as pautas que nós levamos para a Confecom. Além disso, haverá a eleição para a direção da Abraço no triênio 2010-2013.

e-Fórum - Como a entidade pretende encaminhar essas questões?
Sóter -
Durante o nosso congresso nós queremos fazer mobilizações aqui em Brasília, onde será realizado o encontro. Com essas 500 emissoras que estarão aqui nós desejamos proporcionar a abertura de um diálogo com o Congresso Nacional, para sensibilizar deputados e senadores para as questões das rádios comunitárias no Brasil. Nós queremos também forçar uma agenda com o Governo Federal e com o Judiciário, para poder esclarecer algumas coisas que assumidas como fato, que são na verdade fruto de desentendimentos. Nós precisamos atuar nesse sentido já durante o nosso Congresso.

A partir dessas atuações, nós queremos criar frentes de trabalho junto aos três poderes da União, para poder encaminhar as questões que estão voltadas para o desenvolvimento da radiodifusão comunitária. Questões como a sustentabilidade das emissoras, a abrangência do sinal, a publicidade, o tratamento diferenciado que nós recebemos ao sermos tratados como subserviço de radiodifusão.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SÁBADO, Resenha Cultural enfoca religiões de raiz africana


O programa RESENHA CULTURAL deste sábado vai tratar das religiões de raiz africana no Brasil, que têm sido alvo de preconceitos nas campanhas eleitorais.

Na entrevista, ouviremos o poeta e compositor Edriano Silva.

A música de Gláucia Lima fala dos índios da Paraíba. Glaucia Lima é uma cantora paraibana especialista em interpretações de compositores e poetas nordestinos.

SÁBADO, 23 de outubro, às 15h30, pela Rádio Comunitária Rainha – www.radio87rainhafm.com

-- NO DOMINGO, ACESSE O ÁUDIO DO PROGRAMA NO NOSSO BLOG: --

www.pccn.wordpress.com