O professor Nonato Lima, diretor da Rádio Universitária do Ceará, em Fortaleza, denunciou nas redes sociais que o “interventor bolsonarista” na Universidade Federal do Ceará vem promovendo tentativas de “censurar o jornalismo e a veiculação de músicas com ritmos de matriz africana, portanto, um nítido caso de racismo e intolerância religiosa”. O agente da censura, sob calço da intervenção, foi a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC). Nonato Lima, diante do “descalabro criminoso”, pediu demissão do cargo e denunciou a barbárie.
Segundo o professor Nonato, os novos diretores estão “sucateando a universidade; distribuindo títulos como os de doutor honoris causa de modo absolutamente anticientífico e antiético; instalando processos administrativos eivados por improbidades; perseguindo politicamente professores, servidores e discentes; cometendo notas mentirosas e as disseminando por email e por meio de um ou dois jornalistas leva e traz; usando a imprensa universitária de modo personalista e, agora se sabe, censurando a rádio universitária FM”.
A
Universitária FM foi inaugurada no dia 15 de outubro de 1981. Em sua
trajetória, a Universitária FM se tornou uma das emissoras públicas de maior
prestígio e credibilidade no Brasil. A realização da programação da
Universitária FM conta com expressiva participação de produtores da casa e de
colaboradores, muitos deles professores da UFC, que contribuíram para a criação
e consolidação de sua grade de programação.
A ADUFC-Sindicato, junto com
apoiadores, chamou ato para o próximo dia 25 de maio o ato público “Universitária
FM Livre!”, com concentração às 15h, em frente à emissora, no bairro Benfica
(Avenida da Universidade, 2.910, em Fortaleza).