quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Rádio comunitária de Mari é acusada de desrespeitar ouvintes



O líder dos trabalhadores rurais sem terra, do assentamento Tiradentes,  Luis Trindade (foto), questionou a atitude da direção da rádio comunitária Araçá FM, de Mari/PB, por ironizar e chacotear ouvintes que ligam para os programas radiojornalisticos da emissora. "Quando liga alguém para defender o governo do prefeito Marcos Martins, eles colocam uma música chamando o ouvinte de xeleléu, o que é uma afronta à cidadania, um desrespeito ao povo. Não pode uma emissora comunitária chegar a esse nível, a sociedade mariense precisa tomar as devidas providências urgentemente. Daqui a uns dias, o que estarão fazendo com os ouvintes?", questionou Luis Trindade, indignado com o procedimento e a linha editorial dos jornalísticos da Araçá FM. Já o comunicador Rildo, participou do programa "Liberdade de Expressão" e questionou também a atitude da emissora. "Acho que não se pode fazer esse tipo de procedimento contra ninguém. Se fosse o contrário e alguém ligasse bajulando o ex-prefeito, o que vocês fariam?", disse Rildo. 

A expressão xeleléu significa bajulador, puxa-saco, lambe-botas e adulador. "Esses são os adjetivos colocados pelos programas da rádio Araçá FM de Mari, através de expressões do próprio presidente da emissora e de uma música tocada. Acho que, por mais raiva que eles tenham de quem liga para defender a administração, esse tipo de agressão não pode acontecer e de ambas as partes. Quando uma emissora passa a fazer esse tipo de agressão, é claro que o outro lado também poderá fazê-lo, o que é ruim para nossa cidade", disse Trindade. Já para Dedé da Prefeitura, o código penal coíbe esse tipo de procedimento. “O código penal brasileiro é claro em seus artigos 139 e 140 com relação a esse tipo de agressão. Se alguém se sentir prejudicado pode recorrer à justiça. A sensatez funciona melhor que a ironia e a injúria”, disse.

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