Polêmicas a parte, o rádio se
desenvolveu até se tornar o meio de comunicação mais importante do mundo,
ultrapassando a então soberania dos jornais impressos. Coberturas de guerra,
telejornais, telenovelas e programas de entretenimento variados transformaram o
aparelho na vedete dos cidadãos nas cinco primeiras décadas do séc. XX. Foi só
com o surgimento e a popularização da televisão, nos anos 50, que o rádio
começou a perder seu espaço. Contudo, agilidade de seu método de propagação
ajudou o rádio a permanecer vivo e presente em praticamente todo o mundo até
esta segunda década do séc. XXI.
A celebração da primeira
grande transmissão radiofônica do Brasil também marcou época por originar a
Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, primeira estação do País. Doada ao governo
em 1936, a estação permanece em atividade até os dias de hoje, agora com o nome
de Rádio MEC. Com o passar dos anos, novas rádios foram sendo criadas pelo
país. Fundada em 1928, em São Paulo, a Rádio Sociedade Record – posteriormente
batizada apenas como rádio Record – foi outra que marcou época e permanece em
atividade. A ela se seguiram outras icônicas estações brasileiras, como
Bandeiras, Tupi, Nacional, Gaúcha de Porto Alegre, Globo e Excelsior.
Ainda antes do advento da televisão, as donas de casa
brasileiras suspiravam com os romances das telenovelas. Enquanto isso, os
homens acompanhavam aflitos aos jogos de futebol tão belamente narrados pelas
ondas magnéticas. Os radialistas apresentadores de telejornais, programas
humoristas e programas esportivos se tornaram imortalizados por sua
contribuição no meio da comunicação. Além de instrumento de entretenimento e
informação, o rádio passou a se tornar canal de comunicação direta entre as
autoridades e a população. Ainda hoje, oi presidentes do Brasil discursa
semanalmente no programa Café com a Presidente.
Então, o que
temos visto na verdade é a repetição simultânea da programação de rádios AM por
algumas FMs e o nascimento de rádios AM direto no dial FM sem jamais terem
ocupado espaço no dial AM. Isto podemos dá alguns exemplos: Os casos mais
festejados de “migração de rádios AM para o FM” são os das rádios CBN AM 860, Super Rádio Tupi AM 1280 e Rádio Globo AM 1220. Só que nenhuma dessas três jamais
migrou de uma faixa para outra. Ou seja, da faixa AM para a faixa FM. As três
conseguiram espaço no dial FM e passaram a usar canais de FM para repetir
integralmente a mesma programação que transmitem nas freqüências originais de
Amplitude Modulada. A CBN desalojou a Globo FM 92,5, que
como a Rádio Globo e a CBN, pertence ao Sistema Globo de Rádio (SGR). A Tupi desalojou a Nativa FM 96,5, outra rádio Associada que, para não sair do ar, arrendou a Antena 1 FM 103,7. Por fim, a Rádio Globo arrendou a
antiga freqüência FM 89,3 (atual FM 89,5) da Nova Brasil FM, que antes da Globo estava arrendada
para a Nossa Rádio FM.
O dial AM tem ainda
várias rádios que não migraram para o FM: Fluminense, Relógio, Copacabana, Rede
Sucesso, Manchete, MEC AM, Tropical AM, Tamoio, Rádio Brasil, Record, Capital,
Canção Nova, Metropolitana, Nacional, Mundial, Boas Novas, Bandeirantes, Rio de
Janeiro, Rádio Livre, Rádio Popular, Continental e Grande Rio. É provável que
ninguém me convença que todas essas rádios tenham condições de terem
repetidoras no FM ou de migrarem para o FM. Não há espaço no dial FM para tanta
rádio, mesmo que acabem com todas as atuais rádios FM. Não no atual rádio
analógico. E mesmo porque, dessas rádios AM, as que não são mantidas por
governos ou por igrejas ou outros grupos confessionais mal tem condições de se
manterem no ar no AM, que dirá de migrar para o concorrido dial FM ou de ter
repetidora no FM.
O rádio AM tem sido uma
ferramenta importante para povo de nosso pois no sentido mais amplo, é através
do rádio que chega as informações nos locais mais longínquos deste continente
chamando Brasil.
O governa e os
empresários brasileiros não estão preocupados com o povo e desemprego que esta
transferência irá trazer para os trabalhadores radialistas, neste sentido a
FITERT – Federação dos Radialistas se coloca contraria a migração do AM para o
FM, pois entende que não tem nenhum beneficio real para a sociedade
brasileira.
A FITERT defende a
digitalização de todos os sistemas existente em nosso país, o Rádio AM, FM,
ONDAS MÉDIAS e ONDAS TROPICAIS, por entender que desta forma o governo atende
os interesses do povo e não os interesses meramente capitalistas do lucro e da
exploração da sociedade.
Não concordamos que o
Governo utilize o discurso de lançar o decreto da migração do Rádio AM para o
FM no dia 07 de novembro por ser o dia comemorativo da profissão de
Radialistas.
A FITERT e seus
sindicatos filiados não reconhecem dia 07 novembro como sendo DIA do
RADIALISTA, para nós, 21 de setembro é, e sempre será a data histórica para o
conjunto dos radialistas brasileiros, que foi a data que instituído o piso
nacional dos radialistas através do decreto lei nº 7.984, de 21 de
Setembro de 1945.
Federação
dos Radialistas Brasileiros – FITERT.