Na manhã do dia 30 de setembro, o
som da Radio Líder FM de Chorrochó, na Bahia, foi bruscamente interrompido de
forma acintosa e em completo desrespeito a liberdade de imprensa, e ao povo
daquela terra.
Segundo o Diretor daquela Emissora, a Rádio funcionava normalmente quando
abruptamente ali chegou o popular Tarço Rafael, que é filho do Prefeito em
exercício, Paulo de Tarço, e dizendo está representando a Prefeitura, quebrou
os cadeados da emissora e ali adentrou arrancando violentamente os fios que
ligam os transmissores que no momento executava musicas.
O que é estranho segundo Edilson, “É que além da medida ter acontecido
justamente num domingo, esta se deu por quem não representa a prefeitura em
nada, e que além de tudo isso, não apresentou qualquer justificativa ou
documento legal para o acontecido”.
Segundo o Diretor, os aparelhos de transmissão e demais bens utilizados pela
rádio encontra-se na Delegacia local, e que no momento do fato, o filho do
prefeito acompanhava-se de dois policiais, que inertes ficaram e não tomaram
qualquer medida para impedir aquela violência. O citado rapaz ainda
acompanhava-se de partidários do grupo político do seu genitor, disse Edílson.
Logo após o fato, o senhor Edilson comunicou o ocorrido a Promotora Pública,
Dra. Luciana Espinhara, que o orientou a prestar queixa junto a Delegacia de
Policia daquela cidade, o que de fato aconteceu.
Segundo Edilson, “o invasor não possui motivos para o cometimento do fato, e se
a intenção dele era reaver o prédio onde funcionava a radio, que é da
Prefeitura, deveria seu pai ter se cercado de medidas legais, a exemplo da
comunicação por escrito da desocupação do imóvel num prazo lógico, e acaso ele
não atendesse o comunicado, o que não aconteceria, que o Prefeito através da
procuradoria do município, adotasse outras medidas, como a ação de reintegração
de posse, ou mesmo ação de despejo”.
O fato pegou de surpresa toda comunidade chorrochoense, “é de se lamentar que
fatos desta natureza ainda ocorram no município, já que além de ser um ato de
afronta à comunidade, representa verdadeiro abuso e porque não dizer vandalismo
puro”, disse Edilson Oliveira.
Por fim salientou ainda o radialista, “que tudo parece perseguição política, e
por assim ser, o caso será entregue a justiça que deverá tomar as providencias
cabíveis, pois além de tudo que se deu, tal acinte configura também crime
contra o patrimônio público, já que é uma rádio comunitária”.